INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 22/2022
(Aprovada pela Portaria n° 811, de 30/12/2022, a partir de
31/03/2023)
Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate
a incêndio
SUMÁRIO
1
Objetivo
2
Aplicação
3
Referências normativas e bibliográficas
4
Definições
5
Procedimentos
ANEXOS
A
Sistema de mangotinho com válvula globo angular naprumada
B
Reservatórios
C
Bombas de incêndio
D
Abrigos de mangueiras e mangotinhos
E
Casos de isenção de sistema fixo de hidrantes e de mangotinhos
F
Relatório de comissionamento e de inspeção
periódica do sistema de hidrantes e mangotinhos
1.1 Fixar parâmetros para dimensionamento, instalação, manutenção, aceitação
e manuseio, bem como as características,
dos componentes de sistemas de hidrantes e/ou de mangotinhos para uso exclusivo no combate a incêndioem edificações.
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações em que seja
necessária a instalação de sistemas de hidrantes e/ou de mangotinhos para
combate a incêndio, de acordo com o previsto no Regulamento de segurança contra
incêndio das edificações e áreas de risco do Estado do Rio Grande do Norte.
Instrução Técnica nº 22/19 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5410 Instalações elétricas de baixa
tensão. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
5580 Tubos de aço-carbono usos comuns na condução de fluídos – Especificação.
Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
5587 Tubos de aço para condução, com rosca ANSI/ASME B1.20.1 – Dimensões
básicas – Padronização. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
5590 Tubo de aço-carbono com ou sem solda longitudinal, pretos ou galvanizados
– Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
5626 Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
5647-1 Sistemas para adução e distribuição de água – Tubos e conexões de PVC
6,3 com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 1:
Requisitos gerais. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
5647-2 Sistemas para adução e distribuição de água – Tubos e conexões de PVC
6,3 com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 2:
Requisitos específicos para tubos com pressão nominal PN 1,0 MPa. Riode
Janeiro: ABNT;
. NBR
5647-3 Sistemas para adução e distribuição de água – Tubos e conexões de PVC
6,3 com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 3:
Requisitos específicos para tubos com pressão nominal PN 0,75 MPa. Riode
Janeiro: ABNT;
. NBR
5647-4 Sistemas para adução e distribuição de água – Tubos e conexões de PVC
6,3 com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 4: Requisitos
específicos para tubos com pressão nominal PN 0,60 MPa. Riode Janeiro: ABNT;
. NBR
5667 Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil. 3 Partes –
Especificações. Rio de Janeiro:ABNT;
. NBR
6414 Rosca para tubos onde a vedação é feitapela rosca – Designação, dimensões
e tolerâncias – Padronização. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
6925 Conexão de ferro fundido maleável, de classes 150 e 300, com rosca NPT,
para tubulação. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
6943 Conexão de ferro fundido maleável, comrosca ABNT NBR NM ISSO 7-1, para
tubulações. Rio deJaneiro: ABNT;
. NBR
10351 Conexões injetadas de PVC rígido comjunta elástica para redes e adutoras
de água – Especificação. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
10897 Sistema de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos –
Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
11720 Conexões para união de tubos de cobre por soldagem ou brasagem capilar –
Especificações. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
11861 Mangueira de incêndio – Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
12779 Mangueiras de incêndio – Inspeção, manutenção e cuidados. Rio de Janeiro:
ABNT;
. NBR
12912 Rosca NPT para tubos – Dimensões Padronização. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
13206 Tubo de cobre leve, médio e pesado sem costura, para condução de fluídos
- Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
13434-1 Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 1: Princípios
de projeto. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
13434-2 Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e
suas formas,dimensões e cores. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
13714 Sistemas de hidrantes e demangotinhos para combate a incêndio. Rio de
Janeiro: ABNT;
. NBR
14105 Medidores de pressão. Rio de Janeiro:ABNT;
. NBR
14276 Brigada de incêndio - Requisitos. Riode Janeiro: ABNT;
. NBR
14349 União para mangueira de incêndio – Requisitos e métodos de ensaio. Rio de
Janeiro: ABNT;
. NBR
14870 Esguicho para combate a incêndio – Parte 1 – Esguicho básico de jato
regulável. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
15561 Tubulação de polietileno PE 80 e PE 100 para transporte de água e esgoto
sob pressão — requisitos. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
15593 Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e transporte de
esgotos sob pressão – Requisitos para conexões soldáveis de polietileno PE 80 e
PE 100. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
15802 Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e transporte de
esgotos sob pressão – Requisitos para projetos em tubulação de polietileno PE
80 e PE 100 de diâmetro externo nominal entre 63 mm e 1600 mm.Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
15803 Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e transporte de
esgoto sob pressão – Requisitos para conexões de compressão para junta
mecânica, de serviço e de ligação para tubulação de polietileno de diâmetro
externo nominal entre 20 mm e 160 mm. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
15950 Sistemas para distribuição e adução deágua e transporte de esgotos sob
pressão - Requisitos para instalação de tubulação de polietileno PE 80 e PE
100. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
15952 Sistemas para redes de distribuição e adução de água e transporte de
esgotos sob pressão – Verificação da estanqueidade hidrostática em tubulações
de polietileno. Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
15979 Sistemas para distribuição e adução deágua e transporte de esgotos sob
pressão - Requisitos para reparo de tubulação de polietileno PE 80 e PE 100.
Rio de Janeiro: ABNT;
. NBR
16021 Válvula e acessórios para hidrante – requisitos e métodos de ensaio. Rio
de Janeiro: ABNT;
. NBR
16642 Conjunto de mangueira semirrígida e acessórios para incêndio. Rio de
Janeiro: ABNT;
. NBR
NM ISO 7-1 Rosca para tubos onde a junta de vedação sob pressão é feita pela
rosca – Parte 1 – Dimensões, tolerâncias e designação. Rio de Janeiro: ABNT;
ISO
1182 – Building materials – non-combustibility test. ANSI/ASME
B1.20.7
NH – Hose coupling screw threads.ASTM A 234 – Specification for piping fitting
wrought carbon steel and alloy steel for moderate and elevate temperature.
ASTM
B 30 – Specification for copper-base alloys in ingotform.
ASTM
B 62 – Specification for composition bronze or ouncemetal castings.
ASTM
B 584 – Standard specification for copper alloy sand castings for general
applications.
ASTM
D 2000 – Classification system for rubber products in automotive applications.
AWS
A5.8 – Brazing filler metal (Classifications Bcup-3 orBcup-4).
BS
5041 Part 1 – Specification for landing valves for wetrisers.
BRENTANO,
Telmo. Instalações Hidráulicas de Combate a incêndios nas Edificações – 5ª ed.
– Porto Alegre:EDIPUCRS, 2007.
CREDER,
Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. – 6ª ed. - Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A.,2.006.
MACINTYRE,
Archibald Joseph. Instalações hidráulicas prediais e industriais – 4ª ed. – Rio
de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2.010.
MACINTYRE,
Archibald Joseph. Bombas e Instalações de Bombeamento – 2ª ed. - Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., 1.997.
HICKEY,
Harry E. Hydraulics for Fire Protection.Boston: NFPA, 1980.
NFPA.
Fire Protection Engineering – 2 ed. Boston, 1.995.
4.1 Para efeito desta Instrução Técnica, aplicam-se as definições constantes
da IT 03 – Terminologia de segurança contra incêndio.
5.1 Requisitos gerais
5.1.1
Os sistemas de combate a
incêndio estão classificados em
sistema tipo 1 (mangotinho) e sistemas tipo 2, 3, 4 e 5 (hidrantes), conforme
especificado na tabela 2.
5.1.2
Todos os parâmetros,
ábacos, tabelas e outros recursos tilizados no projeto e no dimensionamento
devem ser relacionados no memorial. Não é admitida a referência a outro projeto
para justificar a aplicação de qualquer informação no memorial.
5.1.3
O manuseio do sistema deve
ser feito por pessoal devidamente habilitado
e treinado de acordo com a IT 17 – Brigada de incêndio, bombeiro civil, ou
integrante do Corpo de Bombeiros da
Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte (CBMRN) em caso de incêndios e
emergências.
5.2.1
O sistema a ser instalado deve corresponder a ummemorial, constando cálculos, dimensionamentos e uma
perspectiva isométrica da tubulação (sem escala, com cotas ecom os hidrantes
numerados), conforme prescrito na IT 01 – Procedimentos administrativos.
5.2.2
O Corpo de Bombeiros
Militar pode solicitar documentos relativos ao sistema, se houver necessidade.
5.2.3.1
O projeto de um sistema de
hidrantes e mangotinhos é definido de acordo com a aplicabilidade do sistema,
conforme estabelecido na Tabela 3, em função da área construída e da ocupação.
5.3.1
Todos os sistemas devem
ser dotados de dispositivo de recalque para uso do Corpo de Bombeiros Militar,
consistindo de um prolongamento de
mesmo diâmetro da tubulação principal, cujos engates sejam compatíveis com os
usados pelo Corpo de Bombeiros Militar.
5.3.2
O dispositivo de recalque
deve ser do tipo coluna instalado na fachada ou dentro de um abrigo embutido no
muro, conforme Figura 1. Onde houver
impossibilidade técnica comprovada o dispositivo de recalque pode ser instalado
no passeio público.
5.3.3
Para os
sistemas com vazão superior a 1.000 L/min devehaver
duas entradas para o recalque de água por meio de veículo de combate a incêndio
do Corpo de Bombeiros Militar.
5.3.4
O dispositivo de recalque
deve ser instalado na fachada principal da edificação, ou no muro da divisa com
a rua, com a introdução voltada para a rua e para baixo em um ângulo de 45º e a uma altura entre 0,60 m e 1,50 m em
relação ao piso do passeio da propriedade. A localização do dispositivo de
recalque sempre deve permitir aproximação da viatura apropriada para o recalque
da água, a partir do logradouro público, para o livre acesso dos bombeiros.
5.3.4.1
Para dispositivo de
recalque localizado no interior da propriedade, o arruamento interno até o seu
acesso deve atender ao que estabelece a IT 06, independentemente da sua
ocupação.
5.3.5
Para a proteção do
dispositivo de recalque contra atos de vandalismo, a junta de união tipo engate
rápido pode ser soldada.
5.4.1
Os abrigos de mangueiras
devem atender aos parâmetros do Anexo
D.
5.4.2
As mangueiras de incêndio
devem ser acondicionadas dentro dos
abrigos, em ziguezague ou aduchadas, conforme especificado na NBR 12779, sendo
que as mangueiras de incêndio semirrígidas devem ser acondicionadas em
carretéis axiais, permitindo a sua utilização com facilidade e rapidez.
5.4.3
As mangueiras de incêndio
dos hidrantes internos podem ser acondicionadas, alternativamente, em
ziguezague, por meio de suportes
tipo “rack”, com acoplamento tipo “engate rápido” nas válvulas dos hidrantes,
conforme Figura 2.
5.4.4
O abrigo deve ter utilização exclusiva
conforme estabelecido nesta IT.
5.5.1
As válvulas para hidrantes
devem ser do tipo globo angulares de
diâmetro DN65 (2 ½”).
5.5.1.1
As válvulas globo
angulares devem ser de diâmetro DN50 (2”) para sistemas tipo 1 e 2 quando for
adotada tubulação com esse diâmetro.
5.5.2
As válvulas para hidrantes
com saída oblíqua ou com saída reta devem possuir
junta de união do tipo engate rápido,compatível com as mangueiras
usadas pelo Corpo de Bombeiros Militar.
5.5.3
A válvula para hidrantes
deve atender aos requisitos daNBR 16021.
5.5.4
As válvulas para
mangotinhos devem ser do tipo esfera (abertura
rápida), de passagem
plena e diâmetro
mínimo DN25 (1”) atendendo às condições da NBR 16642.
5.6.1
Tipos de sistemas
5.6.1.1
Os tipos de sistemas previstos são dados
na
Tabela 2.
5.6.1.2
As vazões da Tabela 2
devem ser obtidas na saída das válvulas para hidrantes, considerando os mais
desfavoráveis hidraulicamente.
5.6.1.3
A edificação onde for
instalado o sistema do Tipo 1 (mangotinho) deve ser dotada de ponto de tomada
de água de engate rápido para mangueira de
incêndio de diâmetro 40 mm (1 ½”), conforme
Anexo A.
5.6.1.4
Para cada ponto de
hidrante ou de mangotinho são obrigatórios os materiais descritos na Tabela 4.
5.7.1
Os pontos de tomada de água devem ser posicionados:
5.7.1.1
nas proximidades das
portas externas, escadas e/ou acesso
principal a ser protegido, a não mais de 5 m;
5.7.1.2
em posições centrais nas
áreas protegidas, devendo atender ao item “5.7.1.1” obrigatoriamente;
5.7.1.3
fora das escadas ou antecâmaras de fumaça;
5.7.1.4
de 1,0 m a 1,5 m do piso.
5.7.2
No caso de projetos
utilizando hidrantes externos, devem atender ao afastamento de, no mínimo,
uma vez e meiaa altura da
parede externa da edificação a ser protegida, podendo ser utilizados até 60 m
de mangueira de incêndio (preferencialmente em lances de 15 m), desde que
devidamente dimensionados por cálculo hidráulico. Recomenda-se, neste caso, que
sejam utilizadas mangueirasde incêndio de diâmetro DN65 para redução
da perda de carga e o último lance de DN40 para
facilitar seu manuseio, prevendo-se uma redução de mangueira de DN65 para DN40.
5.7.3
A utilização do sistema
não deve comprometer a fuga dos ocupantes da edificação, portanto, deve ser projetado
de tal forma que dê proteção em toda
a edificação, sem que hajaa necessidade
de adentrar às escadas, antecâmaras ou outroslocais
determinados exclusivamente para servirem de rota defuga dos ocupantes.
5.8.1
O dimensionamento deve
consistir na determinação do caminhamento das tubulações, dos diâmetros dos
acessóriose dos suportes, necessários e suficientes para garantir o funcionamento dos sistemas previstos
nesta IT.
5.8.2
Os hidrantes ou
mangotinhos devem ser distribuídos de tal
forma que qualquer ponto da área a ser protegida seja alcançado por um esguicho
(sistemas tipo 1, 2, 3, ou 4) ou dois esguichos (sistema tipo 5),
considerando-se o comprimento da
(s) mangueira(s) de incêndio por meio de seu trajeto real e o alcance
mínimo do jato de água igual a 10 m, devendo ter contato visual sem barreiras
físicas a qualquer parte do ambiente, após adentrar pelo menos 1 m em qualquer
compartimento.
5.8.3
No dimensionamento de
sistemas com mais de umhidrante simples deve ser considerado o uso simultâneo
dos dois jatos de água mais desfavoráveis considerados nos cálculos, para
qualquer tipo de sistema especificado, considerando-se, em cada jato de água, no mínimo as vazõesobtidas conforme
a Tabela 2 e condições do item 5.6.1.2.
5.8.4
O local mais desfavorável considerado nos cálculos deve ser aquele que proporciona menor pressão
dinâmica na saída do hidrante.
5.8.5
O dimensionamento do sistema de hidrantes em edificações com ocupações mistas deve atender aos seguintes
requisitos:
5.8.5.1
Sistemas independentes devem ser dimensionados em função de cada ocupação:
5.8.5.1.1 As reservas de incêndio devem ser dimensionadas considerando as áreas de cada ocupação;
5.8.5.1.2 O tipo de sistema deve ser dimensionado considerando cada ocupação.
5.8.5.2
Sistema único de hidrantes deve atender aos seguintes
requisitos:
5.8.5.2.1 As reservas de incêndio devem ser dimensionadas considerando a área total da edificação e o
risco predominante;
5.8.5.2.2 O tipo de sistema deve ser
dimensionado em função de cada
ocupação e a bomba de incêndio deve atender os maiores valores de pressão e
vazão.
5.8.6
O sistema único de
hidrantes em edificações com isolamento
de risco deve ser dimensionado
em função de cadaárea e ocupação. Deve ser adotada a maior reserva de incêndio requerida e a condição mais rigorosa referente à
vazão e pressão da bomba de incêndio.
5.8.7
O sistema de hidrantes em
edificações com risco subsidiário deve ser dimensionado em função da ocupação
predominante, considerando a área total da edificação para adefinição do volume
da reserva de incêndio.
5.8.8
O cálculo hidráulico de
dimensionamento do sistema de hidrantes apresentado deve considerar os dois
hidrantes mais desfavoráveis.
5.8.9
O sistema deve ser
dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho nos esguichos não
ultrapasse 100 mca (1.000 kPa).
5.8.10
Podem ser adotados para o dimensionamento
do sistema de hidrantes e mangotinhos, além dos valores estipulados na Tabela
2, também, a critério do projetista, o dimensionamento completo do sistema,
considerando-se todas as perdas de
carga, tendo como premissas as vazões indicadas na Tabela 2, bem como as
pressões necessárias para que os jatos d’água atinjam a distância mínima de 10 m lineares com o esguicho posicionado à
uma altura máxima de 1,20 m em
paralelo com o solo (formando com este um ângulo de 0°). Neste caso será
necessária a apresentação das características técnicas dos esguichos utilizados
no dimensionamento, por meio do catálogo técnico do fabricantee as demonstrações dos
cálculos realizados para os equipamentos, devendo ser devidamente conferidos em
vistoria de regularização, conforme apresentados no projeto.
5.8.11
O cálculo hidráulico da
somatória de perda de carga nas tubulações deve ser executado por métodos
adequados para este fim, sendo que os resultados alcançados têm que satisfazer
a uma das seguintes equações apresentadas:
5.8.11.1 Darcy-Weisbach – fórmula geral para perdas de carga localizadas, “fórmula
universal”:
Onde:
hf é a perda de carga, em metros
de coluna d’água;
f é o fator de atrito (diagramas de Moody e Hunter-
Rouse);
L é o comprimento da tubulação (tubos),
em metros;
D é o diâmetro interno,
em metros;
v é a velocidade do fluído, em metros por segundo;
g é a aceleração da gravidade em metros por segundo, porsegundo; k é a somatória
dos coeficientes de perda de carga das singularidades (conexões).
5.8.11.2 Hazen-Williams:
Onde:
hf é a perda de carga em metros de coluna d’água;
Lt é o comprimento total, sendo a soma dos comprimentos da tubulação e dos
comprimentos equivalentes das conexões;
J é a perda de carga por atrito em metros por metros;
Q é a vazão, em litros por minuto;
C é o fator de Hazem Willians
(ver Tabela 1);
D é o diâmetro interno
do tubo em milímetros.
Nota: Os valores
de “C” de Hazen Willians
são válidos para tubos novos.
5.8.12
A velocidade da água no
tubo de sucção das bombas de incêndio não deve ser superior a 2 m/s (sucção
negativa) ou 3m/s (sucção positiva),
a qual deve ser calculada pela equação:
Onde:
v é a velocidade da água, em metros por
segundo;
Q é a vazão de água, em metros cúbicos
por segundo;
A é a área interna
da tubulação, em metros quadrados.
Nota: Para o cálculo da área deve ser considerado o diâmetro interno
datubulação.
5.8.13
A velocidade máxima da
água na tubulação não deve ser superior a 5 m/s, a qual deve ser calculada
conforme equação indicada em 5.8.12.
5.8.14
No sistema de malha ou anel fechado, deve existir válvulas de
paragem, localizadas de tal maneira que, pelo menos dois lados em uma malha que
envolva quadras de processamento ou armazenamento, possam ficar em operação, no
caso de rompimento ou bloqueio dos outros dois.
5.8.15
Para efeito de equilíbrio
de pressão no ponto de derivação da vazão total, em direção às válvulas dos
dois hidrantes mais desfavoráveis, é admitida
a variação máxima
de0,50 mca (5,0 kPa).
5.8.16
Nos casos de bombas de
incêndio consideradas na condição de
sucção negativa, item C.1.12 desta IT, deve ser calculado o net positive
suction head (NPSH). Este deve ser maior ou igual ao NPSH requerido pela bomba
de incêndio. Para cálculo do NPSH disponível na tubulação de sucção deve-se considerar 1,5 vezes a vazão nominal do
sistema.
5.9.1
O volume mínimo de água da
reserva de incêndio é o estabelecido na Tabela 3, considerando-se a área total
da edificação, exceto para os casos estabelecidos nesta IT.
5.9.2
Pode ser admitida a
alimentação de outros sistemas de proteção contra incêndio, sob comando ou
automáticos, por meio da interligação das tubulações dos reservatórios,
desdeque atenda aos parâmetros da IT 23 - Sistema de chuveiros automáticos.
5.9.3
Deve ser previsto reservatório construído conforme o Anexo
B.
5.9.4
O inibidor de vórtice e o
poço de sucção para reservatório elevado deve ser conforme o Anexo B.
5.9.5
O reservatório que também
acumula água para consumo normal da edificação deve ser adequado para preservar
a qualidade da água, conforme a NBR
5626.
5.9.6
As águas provenientes de
fontes naturais tais como: lagos, rios, açudes etc., devem ser captadas conforme
descritono Anexo B.
5.9.7
O reservatório pode ser
subdividido desde que todas as unidades estejam interligadas diretamente à
tubulação de sucção da bomba de
incêndio e tenha subdivisões em unidades mínimas de 3 m³.
5.9.8
Não é permitida a
utilização da reserva de incêndio pelo emprego conjugado de reservatórios
subterrâneos ou ao nível do piso térreo
e elevados. Os reservatórios devem ser dotadosde
meios que assegurem uma reserva efetiva e ofereçam condições seguras
para inspeção.
5.9.9
Para edificações de risco
alto, recomenda-se que os reservatórios sejam elevados e possuam fácil acesso
para abastecimento de veículos de combate a incêndio, com vistas a suprir eventual falha da bomba de
incêndio da edificação.
5.10.1
A bomba de incêndio deve
ser do tipo centrífuga acionada por motor elétrico ou combustão.
5.10.2
As prescrições e recomendações encontram-se noAnexo
C.
5.10.3
No caso de edificações com
ocupações mistas e com uma bomba de incêndio principal, deve ser feito o dimensionamento da vazão da bomba e do reservatório para omaior risco (conforme item 5.8.5), sendo que os esguichos e
mangueiras podem ser previstos de acordo com
os riscos específicos. A altura manométrica total da bomba deve ser calculada
para os dois hidrantes mais
desfavoráveis do sistema.
5.11 Componentes das instalações
5.11.1 Geral
5.11.1.1 Os componentes das instalações
devem ser previstos em normas, conforme aquelas descritas no
item 3 desta IT, ou em especificações reconhecidas e aceitas pelos órgãos
oficiais.
5.11.1.2 Os componentes que não satisfaçam a todas as especificações
das normas existentes ou às exigências dos órgãos competentes e entidades
envolvidas devem ser submetidos a ensaios e verificações, a fim de obterem
aceitação formal da utilização nas condições específicas da instalação,
expedida pelos órgãos competentes.
5.11.2.1 Estes dispositivos são para lançamento de água através de mangueiras, sendo reguláveis, possibilitando a
emissão do jato compacto ou neblina conforme NBR 14870 –Parte 1.
5.11.2.2 Cada esguicho instalado deve ser adequado aos valores de pressão,
vazão de água e
de alcance de jato, paraproporcionar o seu perfeito funcionamento, conforme dados dofabricante.
5.11.2.3 O alcance do jato para esguicho
regulável, produzido por qualquer
sistema adotado conforme a Tabela 2, não deve ser inferior a 10
m, medido da saída do esguicho ao ponto dequeda do
jato, com o jato paralelo ao solo e com o esguicho regulado para jato compacto.
5.11.2.4 Os componentes de vedação devem ser em borracha, quando necessários,
recomendando-se a norma ASMT D 2000.
5.11.2.5 O acionador do esguicho regulável deve permitir a modulação da
conformação do jato e o fechamento total do fluxo.
5.11.3.1 A mangueira de incêndio para uso de hidrante deve atender às condições da
NBR 11861.
5.11.3.2 A mangueira semirrígida e acessórios destinados ao sistema de mangotinho
deve atender às condições da NBR 16642.
5.11.3.3 O comprimento total das mangueiras que servem cada saída a um ponto de
hidrante ou mangotinho deve ser suficiente para vencer todos os desvios e
obstáculos que existem, considerando também toda a influência que a ocupação
final é capaz de exercer, não excedendo os comprimentos máximos estabelecidos
na Tabela 2. Para sistemas de hidrantes, deve-se preferencialmente utilizar
lances de mangueiras de 15 m.
5.11.4.1 As juntas de união rosca/engate rápido devem ser compatíveis com os
utilizados nas mangueiras de incêndio.
5.11.4.2 As uniões de engate rápido entre mangueiras de incêndio devem ser conforme a NBR 14349.
5.11.4.3 As dimensões e os materiais para a confecção dos adaptadores tipo engate
rápido devem atender a NBR 14349.
5.11.5.1 As válvulas para hidrantes devem atender aos requisitos da NBR 16021.
5.11.5.2 É recomendada a instalação de válvulas de bloqueio adequadamente
posicionadas, com objetivo de proporcionar manutenção em trechos da tubulação sem desativação do sistema.
5.11.5.3 As válvulas de bloqueio podem ser do tipo gaveta ou gaveta de haste
ascendente (OS&Y).
5.11.5.4 As válvulas que comprometem o abastecimento de água a qualquer
ponto do sistema,
quando estiverem em posição fechada, devem ser do tipo
indicadoras. Recomenda- se a
utilização de dispositivos de travamento para manter as válvulas na posição aberta.
5.11.5.5 Quando as válvulas mencionadas no item anterior estiverem em ambientes
com acesso restrito, dispensa-se os dispositivos de travamento.
5.11.6.1 A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nominal inferior a DN65 (2
½”).
5.11.6.2 Para sistemas tipo 1 ou 2 pode ser utilizada
tubulaçãocom diâmetro nominal DN50 (2”).
5.11.6.3 Os drenos, recursos para simulação e ensaios, escorvas e outros dispositivos devem ser dimensionados conforme a aplicação.
5.11.6.4 As tubulações aparentes do sistema devem ser em cor vermelha.
5.11.6.5 Os trechos das tubulações do sistema, que passam em dutos verticais ou
horizontais e que sejam visíveis atravésda porta de inspeção, devem ser em cor
vermelha.
5.11.6.6 Opcionalmente a tubulação aparente do sistema pode ser pintada em outras cores, desde que identificada com anéis
vermelhos com 0,20 m de largura e dispostos, no máximo, a 3 m um
do outro, exceto para edificações dos gruposG, I, J, L e M da Tabela
1 do Regulamento de Segurança
contraIncêndio.
5.11.6.7 As tubulações destinadas à alimentação dos hidrantes e de mangotinhos não podem passar pelos poços deelevadores e/ou dutos de ventilação.
5.11.6.8 Todo material previsto ou instalado deve ser capaz de resistir ao efeito do calor e aos esforços
mecânicos, mantendo seu
funcionamento normal.
5.11.6.8.1 Recomenda-se que, no caso de emprego de
tubulações em anel, em edificações térreas destinadas às edificações dos
grupos I e J, sejam instaladas na parte externa das edificações, de modo que sejam protegidas contra a açãodo
calor.
5.11.6.9 O meio de ligação entre os tubos, conexões e acessórios diversos deve
garantir a estanqueidade e a estabilidade mecânica da junta e não deve sofrer
comprometimento de desempenho, se for exposto ao fogo.
5.11.6.10 A tubulação deve ser fixada nos elementos estruturais da edificação por
meio de suportes metálicos, conforme a NBR 10897, rígidos e espaçados a, no
máximo, 4 m, de modo que cada ponto de fixação resista
a cinco vezes amassa do tubo cheio de água, somada à carga de 100 Kg.
5.11.6.11 Os materiais termoplásticos, na forma de tubos e conexões, somente devem ser utilizados enterrados a 0,50 m e fora
da projeção da planta da
edificação satisfazendo a todos os requisitos
de resistência à pressão
interna e a esforços mecânicos necessários ao
funcionamento da instalação.
5.11.6.12 A tubulação enterrada com tipo de acoplamento ponta e bolsa deve ser provida de blocos de ancoragem nas mudanças de direção e abraçadeiras com tirantes nos
acoplamentos conforme especificado na NBR 10897.
5.11.6.13 Os tubos de aço
devem ser conforme as NBR 5580, NBR 5587 ou NBR 5590.
5.11.6.14 As conexões de ferro maleável devem ser conforme a NBR 6925 ou NBR 6943.
5.11.6.15 As conexões de aço devem ser conforme
ASTM A 234.
5.11.6.16 Os tubos de cobre
devem ser conforme
a NBR 13206.
5.11.6.17 As conexões de cobre devem
ser conforme a NBR11720.
5.11.6.18 Os tubos de PVC devem ser conforme as NBR 5647, partes 1 a 4.
5.11.6.19 As conexões de PVC devem ser
conforme a NBR 10351.
5.11.6.20 As tubulações e conexões de polietileno de alta densidade (PEAD) devem
ser projetadas e executadas segundo as normas
ABNT NBR 15802, ABNT NBR 15950 e ABNT NBR 15952.
Esses tubos e conexões devem ser empregados somente em trechos de
tubulação enterrada. Os requisitos para reparo nas tubulações de PEAD devem
obedecer a norma ABNT NBR 15979.
5.11.6.21 Os tubos de PEAD devem ser conforme a norma ABNT NBR 15561.
5.11.6.22 As conexões de PEAD devem ser conforme as normas ABNT NBR 15593 e ABNT
NBR 15803.
5.11.7.1 Os instrumentos devem ser adequados ao
trabalho aque se destinam, pelas suas características e localização no
sistema, sendo especificados pelo projetista.
5.11.7.2 Os manômetros devem ser conforme
a NBR 14105.
5.11.7.3 A pressão de acionamento a que podem estar submetidos os pressostatos corresponde a, no máximo,
70% da sua maior pressão de funcionamento.
5.11.7.4 A chave de nível deve ser utilizada em tanque de escorva, para garantia do nível
de água e pode ser utilizada noreservatório de água somente para
supervisionar seu nível. Tal dispositivo
deve ser capaz de operar normalmente após longosperíodos de repouso ou falta de
uso (ver B.1.6).
5.12.1
A proteção por sistemas de hidrantes para as áreas derisco destinadas a parques
de tanques ou tanques isolados deve atender à IT 25 – Segurança contra incêndio
para líquidos combustíveis e
inflamáveis, respeitando suas aplicações.
5.12.2
Por ocasião da primeira
vistoria de regularização edificações, ou em razão de renovação da licença
emitida pelo CBMRN, dotadas de
sistema de hidrantes
e/ou mangotinhosdeve ser
apresentado relatório de comissionamento/inspeçãodo sistema.
5.12.3
O
dimensionamento do sistema de hidrantes, de
acordocom o item 5.8, deve seguir os parâmetros definidos
pela tabela 3, conforme a respectiva ocupação.
5.12.4
Quando o conjunto do
sistema hidráulico de combate a incêndio para hidrantes, resfriamento e espuma
for único(bombas de incêndio e tubulações), as bombas de incêndio devem atender
aos maiores valores de pressão e de vazão doscálculos obtidos.
5.12.5
Nas áreas de edificações,
tais como tanque ou parque de
tanques, onde seja necessária a proteção por sistemas de resfriamento e de
proteção por espuma, a rede de hidrantes pode possuir uma bomba de
pressurização para completar a altura manométrica necessária, desde que
alimentada por fonte alternativa de energia.
5.12.6
Para fins de
dimensionamento da reserva de incêndio em
sistema de hidrantes, de resfriamento ou de espuma, o volume da reserva do sistema de hidrantes
calculado não deveser somado ao volume da reserva de água dos demais sistemas,
caso as áreas de risco, tais como tanques isolados ou parques de tanques, sejam
separados das demais construções de acordo com a IT 25.
5.12.7
Estacionamentos de veículos, localizados em pavimentos
térreos, em áreas externa e
descobertas não necessitam de proteção pelo sistema de hidrantes.
5.12.7.1 Estacionamentos de veículos, localizados em áreas descobertas e sobre
pavimentos ocupados, devem possuir proteção
por hidrantes.
5.12.7.1.1 A proteção pode ser realizada com a utilização de até 60 m de mangueira
de incêndio.
Notas:
As vazões consideradas são as necessárias para o funcionamento dos esguichos reguláveis
com jato pleno ou neblina 30º, de forma que um brigadista possa dar o primeiro
combate a um incêndio de forma
segura, considerando o alcance do jato previsto no item 5.8.2.
Notas:
1)
As ocupações enquadradas no sistema tipo 5 que possuírem a exigência de sistema de chuveiros automáticos, podem
aplicar o sistema tipo 4;
2)
As ocupações enquadradas
no sistema tipo 5 e as ocupações enquadradas no sistema tipo 4, que não
possuírem a exigência de sistema de chuveiros
automáticos, mas que, por outras circunstâncias, tal sistema for
instalado, podem aplicar, respectivamente, o sistema tipo 4 e o sistema tipo 3, com a RTI
de um nível inferior no quadro acima;
3)
O dimensionamento do sistema
de hidrantes em edificações deve obedecer aos parâmetros do item 5.8.
4)
Para divisão
M-2 atender à IT 25. As demais áreas edificadas no mesmo terreno, que não sejam da
divisão M-2, deverão atender à esta IT, adotando-se os maiores valores de reserva de incêndio e potência de bomba
(altura manométrica).
5)
Para o grupo K, considerar apenas as áreas de apoio.
B.1. Geral
B.1.1Quando o reservatório atender a outros abastecimentos, as tomadas de água desses devem ser
instaladas de modo a garantir o volume que reserve a capacidade efetiva para o
combate.
B.1.2A capacidade efetiva do reservatório deve ser mantida permanentemente.
B.1.3O reservatório deve ser construído em material que garanta a resistência ao fogo e resistência
mecânica.
B.1.4O reservatório pode ser uma piscina da edificação a ser protegida, desde
que garantida a reserva efetiva
permanentemente, por meio de uma declaração do responsável pelo uso.
B.1.5O reservatório deve ser provido de sistemas de drenagem e ladrão
convenientes dimensionados e independentes.
B.1.6É recomendado que a reposição da capacidade efetiva seja efetuada à razão
de 1 L/min por metro cúbico de reserva.
B.2.1Quando o abastecimento é feito somente pela ação da gravidade, o
reservatório elevado deve estar à altura suficientepara fornecer as vazões e pressões mínimas
requeridas para cada sistema.
Essa altura é considerada:
a.
do fundo do reservatório (quando a adução
for feita na parte
inferior do reservatório) até os hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis
considerados no cálculo;
b.
da face superior do tubo de adução (quando
a adução forfeita nas paredes laterais dos
reservatórios) até os hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis considerados
no cálculo.
B.2.2Quando a altura do reservatório elevado não for suficiente
para fornecer as vazões e pressões requeridas, para os pontos dos hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis
considerados no cálculo,
deve-se utilizar uma bomba de reforço, em sistema “by pass”, para garantir as pressões e vazões mínimas
para aqueles pontos. A instalação desta bomba deve atender ao Anexo C e demais itens desta IT.
B.2.3A tubulação de descida do reservatório elevado para abastecer os sistemas
de hidrantes ou de mangotinhos deve ser provido de uma válvula de gaveta e uma
válvula de retenção, considerando-se o sentido reservatório–sistema. A válvula
de retenção deve ter passagem livre, sentido reservatório–sistema.
B.3.1Nestas condições, o abastecimento dos sistemas dehidrantes ou mangotinhos
deve ser efetuado por meio debombas fixas.
B.3.2O reservatório deve conter uma capacidade efetiva, com o ponto de tomada da sucção da bomba
principal localizado junto ao fundo deste, conforme ilustrado nas Figuras B.1 a
B.3 e Tabela B.1.
B.3.3Para o cálculo da capacidade efetiva, deve ser considerada como altura a
distância entre o nível normal da água e o nível X da água, conforme as Figuras
B.1 a B.3.
B.3.4O nível X é calculado como o mais baixo nível, antes de ser criado um
vórtice com a bomba principal em plena carga, edeve ser determinado pela
dimensão A da Tabela B.1, abaixo:
B.3.5Quando o tubo de sucção D for dotado de um dispositivo antivórtice,
pode-se desconsiderar a dimensão A da Tabela B.1.
B.3.6Não se deve utilizar o dispositivo antivórtice quando a captação no reservatório de incêndio ocorrer
em posição horizontal, conforme exemplos das Figuras
B.1 e B.2.
B.3.7Sempre que possível, o reservatório deve dispor de um poço de sucção como
demonstrado nas Figuras B.1 a B.3 e com as dimensões mínimas A e B da Tabela B.1,
respeitando-se também as distâncias mínimas com relação ao diâmetro D do tubo
de sucção.
B.3.8Caso não seja previsto o poço de sucção, as dimensões mínimas A e B da Tabela B.1, ainda assim devem ser previstas,não se computando como reserva
de incêndio e respeitando- se as dimensões mínimas com relação ao diâmetro D do
tubo de sucção.
B.3.9No caso de reservatório ao nível do solo,
semienterrado ou subterrâneo, deve-se
atender aos requisitos de B.1.1 a B.1.6.
B.3.10
O reservatório deve ser localizado,
dentro do possível, em local de
fácil acesso às viaturas do Corpo de Bombeiros Militar.
B.4.1Para esses casos, suas dimensões
devem ser conforme as Figuras B.4 e B.6, e atendendo
à Tabela B.2.
B.4.2Nos casos das Figuras B.4 e B.6 a profundidade da água em canais abertos ou adufas (incluindo a
adufa entre a câmara de decantação e a câmara de sucção), abaixo do menor nível
de água conhecido de fonte, não deve ser inferior ao indicado na Tabela B.2, para as correspondentes larguras W e
vazão Q.
B.4.3A altura total dos canais abertos ou adufas deve ser tal que comporte o
nível mais alto de água conhecido da fonte.
B.4.4Cada bomba principal deve possuir uma câmara de sucção com respectiva
câmara de decantação, independente.
B.4.5As dimensões da câmara de sucção, a posição da tubulação de sucção da bomba principal em relação às
paredes da câmara, a parte submersa
da tubulação em relação ao menor nível de água conhecido e a sua distância em
relação ao fundo, indicadas nas Figuras B.4 a B.6 são idênticas.
B.4.6A câmara de decantação deve possuir a mesma largura e profundidade da
câmara de sucção e o comprimento mínimoigual a 4,4 X √h, onde “h” é a
profundidade da câmara de decantação.
B.4.7Antes de entrar
na câmara de decantação, a água deve passar através de uma grade de arame
ou uma placa de metal perfurada,
localizada abaixo do nível de água e com uma área agregada de aberturas de, no mínimo, 15 cm² para cada dm³/min da
vazão Q; a grade deve ser suficientemente resistente para suportar a pressão
exercida pela água em casode obstrução.
B.4.8É recomendável que duas grades sejam previstas, sendo que enquanto uma delas se encontra em
operação, a outra pode ser suspensa para limpeza.
B.4.9Deve ser feita uma previsão para que as câmaras de sucção e de decantação possam ser isoladas
periodicamente para a limpeza e manutenção.
B.4.10
Nos casos da Figura B.6 o
conduto de alimentação deve possuir uma inclinação mínima constante de 0,8 %,
no sentido da câmara de decantação,
e um diâmetro que obedeça à seguinte equação:
Onde:
D é o diâmetro interno
do conduto, em milímetros; e
Q é a máxima vazão da bomba
principal, em decímetros cúbicos por minuto.
B.4.11
Ainda nos casos da Figura
B.6, a entrada do conduto de alimentação deve possuir um ralo submerso, no
mínimo, um diâmetro abaixo do nível de água conhecido, para o açude, represa,
rios, lagos ou lagoas; as aberturas do ralo citado devem impedir a passagem de
uma esfera de 25 mm dediâmetro.
C.1 Geral
C.1.1Quando o abastecimento é feito por bomba de incêndio, deve possuir pelo menos uma bomba elétrica
ou de combustão interna, devendo ser utilizada para este fim.
C.1.2As dimensões das casas de bombas devem ser tais que permitam acesso em
toda volta das bombas de incêndio e espaço suficiente para qualquer serviço de
manutenção local, nas bombas de incêndio e no painel de comando, inclusive
viabilidade de remoção completa de qualquer das bombas de incêndio.
C.1.2.1
As casas de bombas quando
estiverem emcompartimento enterrado ou em barriletes, devem possuir acesso, no
mínimo, por meio de escadas do tipo marinheiro, sendo que o barrilete deve
possuir no mínimo 1,5 m de pé direito.
C.1.3As bombas de incêndio devem ser utilizadas somente para este fim.
C.1.4As bombas de incêndio devem ser protegidas contra danos mecânicos,
intempéries, agentes químicos, fogo ou umidade.
C.1.5As bombas principais devem ser diretamente acopladas por meio de luva
elástica, sem interposição de correias e correntes, possuindo a montante uma
válvula de paragem, e a jusante uma
válvula de retenção e outra de paragem.
C.1.6 A automatização da bomba principal ou de reforço deve ser executada de
maneira que, após a partida do motor seu desligamento seja somente manual no
seu próprio painel de comando, localizado na casa de bombas.
C.1.7 Quando a(s) bomba(s) de incêndio for(em) automatizada(s), deve ser
previsto pelo menos um ponto de acionamento manual para a(s) mesma(s),
instalado em local seguro da edificação e que permita fácil acesso.
C.1.8 O funcionamento automático é indicado pela simples abertura de qualquer
ponto de hidrante da instalação.
C.1.9 As bombas de incêndio devem atingir pleno regime em aproximadamente 30s
após a sua partida.
C.1.10
As bombas de incêndio
podem ser acionadas manualmente por meio de dispositivos instalados junto a
cada hidrante ou mangotinho, desde que o número máximo de hidrantes ou
mangotinhos não exceda seis pontos.
C.1.11
Excetuam-se do disposto em C.1.10 os casos em que a bomba
de incêndio recalca água de reservatório elevado, ou seja, quando a rede de
hidrantes ou mangotinhos estiver permanentemente cheia d’água.
C.1.12
As bombas de incêndio,
preferencialmente, devem ser instaladas em condição de sucção positiva. Esta
condição é conseguida quando a linha
do eixo da bomba se situa abaixo do
nível “X” de água. Admite-se que a linha de centro do eixo da bomba se situe 2
m acima do nível “X” de água, ou a 1/3 da capacidade efetiva do reservatório, o
que for menor, acima do que é considerada condição de sucção negativa (ver
Figura C.1).
C.1.13
A capacidade das bombas
principais, em vazão e pressão, é suficiente para manter a demanda do sistema
de hidrantes e mangotinhos, de acordo com os critérios adotados.
C.1.14
Não é recomendada a instalação de bombas de incêndio com pressões superiores a 100 mca (1 MPa).
C.1.15
Quando o sistema de
hidrantes ou de mangotinhos dispuser de mais de seis saídas, a fim de manter a
rede devidamente pressurizada em uma faixa preestabelecida e, para compensar
pequenas perdas de pressão, uma bomba de pressurização (jockey) deve ser
instalada; tal bomba deve ter vazão máxima de 20 L/min. Fica dispensada a
instalação de bomba de pressurização (jockey) quando o reservatório de incêndio
for elevado, independentemente da quantidade de saídas de hidrantes ou
mangotinhos.
C.1.15.1 A pressão máxima de operação da bomba de pressurização (jockey)
instalada no sistema deve ser igual à pressão da bomba principal, medida sem
vazão (shut-off). Recomenda-se que o diferencial de pressão entre os acionamentos
sequenciais das bombas seja de
aproximadamente 10 mca (100 kPa).
C.1.15.2 As automatizações da bomba de pressurização (jockey) para ligá-la e desligá-la automaticamente
e da bombaprincipal para somente ligá-la automaticamente devem ser feitas
através de pressostatos instalados conforme apresentado na Figura C.2, e ligados nos painéis de comando e chaves de
partida dos motores de cada bomba.
C.1.1O painel de sinalização das bombas principal ou de reforço, elétrica ou de combustão interna, deve ser dotado de uma
botoeira para ligar manualmente tais bombas, possuindo sinalização ótica e
acústica, indicando pelo menos os seguinteseventos:
C.1.1.1
Bomba elétrica:
a.
painel energizado;
b.
bomba em funcionamento;
c.
falta de
fase;
d.
falta de energia no comando da
partida.
C.1.1.2
Bomba de combustão interna:
a.
painel energizado;
b.
bomba em funcionamento;
c.
baixa carga da bateria;
d.
chave na posição manual
ou painel desligado.
C.1.2As bombas principais devem ser dotadas
de manômetropara determinação
da pressão em sua descarga. Nos
casos emque foram instaladas em condição de sucção negativa, devem também ser
dotadas de manovacuômetro para determinação da pressão em sucção.
C.2.1As bombas de incêndio dos sistemas de hidrantes e de mangotinhos podem
dispor de dispositivos para acionamento automático ou manual.
C.2.2Quando o acionamento for manual devem ser previstas botoeiras do tipo
“liga-desliga”, junto a cada hidrante ou mangotinho.
C.2.2.1
A tensão do circuito de
comando da bomba nas botoeiras do tipo “liga-desliga” poderá ser transformada
em 24V na saída do painel, caso seja utilizado o mesmo conduto do sistema de
alarme de incêndio.
C.2.3Nos casos em que
houver necessidade de instalação de bomba de reforço,
conforme especificado no item B.2.2, sendo a
bomba de reforço acionada por
botoeira do tipo “liga-desliga”, para
os pontos de hidrantes ou mangotinhos que atendam as pressões e vazões mínimas
requeridas em função da ação da gravidade, pode ser dispensado as botoeiras
junto a estes hidrantes ou mangotinhos,
devendo ser demonstrado nos cálculos hidráulicos e no detalhe isométrico da
rede.
C.2.4Os condutores elétricos das botoeiras devem ser protegidos contra danos físicos e mecânicos por meio de
eletrodutos rígidos embutidos nas paredes, ou quando aparentes em eletrodutos
metálicos, não devendo passar em áreas de risco.
C.2.5As bombas de incêndio não podem ser instaladas em salas que contenham
qualquer outro tipo de máquina ou motor, exceto
quando estes últimos se destinem a sistemas de proteção e combate a incêndio que utilizem a água
como agente de combate, podendo também, ser instaladas no mesmo compartimento
as bombas de água para consumo da edificação.
C.2.6É permitida a instalação de bombas de incêndio com as sucções acima do
nível de água para sistemas do tipo 1, 2 e 3,desde que atenda aos seguintes
requisitos (ver Figura C.3):
a. ter a sua própria tubulação de sucção;
b. ter a válvula de pé com crivo no extremo da tubulação de sucção;
c. ter meios adequados
que mantenham a tubulação de sucção sempre cheia de água;
d. o volume do reservatório de escorva e o diâmetro da tubulação que abastece a bomba de incêndio
devem serpara sistemas do tipo
1, no mínimo, de 100 litros e diâmetro de 19
mm respectivamente e, para sistemas
dotipo 2 e 3 no mínimo
de 200 litros e diâmetro de 19 mm;
e. o reservatório de escorva deve ter seu abastecimento por outro
reservatório elevado e possuir, de forma alternativa, abastecimento pela rede
pública de água da concessionária local.
C.2.7A alimentação elétrica das bombas de incêndio deve ser independente do
consumo geral, de forma a permitir o desligamento
geral da energia, sem prejuízo do funcionamento do motor da bomba de incêndio
(ver Figura C.4).
C.2.8Na falta de energia da concessionária, as bombas de incêndio acionadas
por motor elétrico
podem ser alimentadaspor um gerador diesel, atendendo ao requisito de C.2.9.
C.2.9A entrada de força para a edificação a ser protegida deveser dimensionada
para suportar o funcionamento das bombas de incêndio em conjunto com os demais
componentes elétricos da edificação, a plena carga.
C.2.10
As chaves elétricas de
alimentação das bombas de incêndio devem ser sinalizadas com a inscrição
“ALIMENTA- ÇÃO DA BOMBA DE INCÊNDIO – NÃO DESLIGUE”.
C.2.11
Os fios elétricos de
alimentação do motor das bombas de incêndio, quando dentro da área protegida
pelo sistema de hidrantes devem ser protegidos contra
danos mecânicos e químicos,
fogo e umidade.
C.2.12
Nos casos em que a bomba
de reforço, conforme especificado em B.2.2, for automatizada por chave de
fluxo, a instalação pode ser conforme esquematizada na Figura C.6.
C.2.13
A bomba de pressurização jockey pode ser sinalizada apenas com recurso ótico, indicando bomba
em funcionamento.
C.2.14
Cada bomba principal ou de
reforço deve possuir umaplaca de identificação com as seguintes
características:
a. nome do fabricante;
b. número de série;
c. modelo da bomba;
d. vazão nominal;
e. pressão nominal;
f. rotações por minutos
de regime;
g. diâmetro do rotor.
C.2.15
Os motores elétricos também devem ser caracterizados
através de placa de identificação, exibindo:
a. nome do fabricante;
b. tipo;
c. modelo;
d.
número de série;
e.
potência, em cavalo-vapor (CV);
f.
rotações por minuto sob a tensão
nominal;
g.
tensão de entrada, em Volts
(V);
h.
corrente de funcionamento, em Ampér (A);
i.
frequência, em Hertz (Hz).
C.2.16
O painel de comando para
proteção e partida automática do
motor da bomba de incêndio deve ser selecionado
de acordo com a potência em CV do
motor.
C.2.17
A partida do motor
elétrico deve estar de acordo com as recomendações da NBR 5410 ou da
concessionária local.
C.2.17.1 O sistema de partida deve ser do tipo magnético.
C.2.17.2 O período de aceleração do motor
não deve exceder 10 s.
C.2.17.3 O painel deve ser localizado o mais próximo possível do motor da bomba de incêndio e
convenientemente protegidocontra respingos de água e penetração de poeira.
C.2.17.4 O painel deve ser fornecido com os desenhos dimensionais, leiaute, diagrama elétrico, régua de bornes, diagrama elétrico
interno e listagem dos materiais aplicados.
C.2.17.5 Todos os fios devem ser anilhados, de acordo com o diagrama elétrico
correspondente.
C.2.17.6 O alarme acústico do painel deve ser tal que, uma vez cancelado por botão
de impulso, volte a funcionar normalmente quando surgir um novo evento.
C.2.17.7 O sistema de proteção dos motores elétricos deve ser conforme a NBR 5410.
C.2.17.8 As bombas de incêndio com
vazão nominal acima de 600 l/min
devem dispor de um fluxo contínuo de água por meiode uma tubulação de 6 mm ou placa de orifício de 6 mm, derivada da voluta da bomba e com retorno preferencialmente para o reservatório ou tanque de escorva
(ver Figura C.7), a fim de se evitar o superaquecimento das mesmas.
C.3.1O motor a combustão deve ser instalado em ambiente cuja temperatura não
seja, em qualquer hipótese, inferior à mínima recomendada pelo fabricante, ou
dotado de sistema de pré- aquecimento permanentemente ligado.
C.3.1.1
São dotados de injeção
direta de combustível por bomba injetora ou de ar comprimido, para a partida.
C.3.1.2
São dotados de sistema de
arrefecimento por ar ou água, não sendo permitido o emprego de ar comprimido.
C.3.1.3
A aspiração de ar para
combustão pode ser natural ou forçada (turbo).
C.3.1.4
Dispõe de controlador de
rotação, o qual deve manter a rotação nominal, tolerada uma faixa de 10% seja
qual for a carga.
C.3.1.5
Dispõe de meios de
operação manual, de preferência no próprio motor, o qual volta sempre à posição
normal.
C.3.2As bombas de incêndio devem ter
condição de operar
a plena carga, no local onde
forem instaladas, durante 6 h ininterruptas,
sem apresentar quaisquer avarias.
C.3.3Os sistemas de refrigeração aceitáveis devem ser os descritos em C.3.3.1 a C.3.3.4.
C.3.3.1
A injeção direta de água,
da bomba para o bloco do motor, de acordo com as especificações do fabricante.
A saí- da de água de resfriamento deve passar, no mínimo, 15 cm acima do bloco
do motor e terminar em um ponto onde possa ser observada sua descarga.
C.3.3.2
Por trocador de calor,
vindo água fria diretamente da bomba específica para esse fim, com pressões
limitadas pelo fabricante do motor. A saída de água do trocador também deveser
posicionada conforme C.3.3.1.
C.3.3.3
Por meio de radiador no próprio motor, sendo o ventilador acionado
diretamente pelo motor ou por intermédio de correias, as quais devem ser
múltiplas.
C.3.3.4
Por meio de ventoinhas ou
ventilador, acionado diretamente pelo motor ou por correias, as quais devem ser
múltiplas.
C.3.4A entrada de ar para a combustão deve ser provida de um filtro adequado.
C.3.5O escapamento dos gases
do motor deve ser provido
de silencioso, de acordo com
as especificações do fabricante, sendo direcionados para serem expelidos fora
da casa de bombas, sem chances de retornar ao seu interior.
C.3.6O tanque de combustível do motor deve ser montado de acordo com as
especificações do fabricante e deve conter um volume de combustível suficiente
para manter o conjunto motobomba operando a plena carga durante o tempo de, no
mínimo, duas vezes o tempo de funcionamento dos abasteci- mentos de água, para cada sistema
existente na edificação. Deve ser instalada
sob o tanque uma bacia de contenção
comvolume mínimo de uma vez e meia a capacidade do tanque decombustível.
C.3.7Existindo mais de um motor a explosão, cada um deve ser dotado de seu próprio tanque de
combustível, com suas respectivas tubulações de alimentação para bomba
injetora.
C.3.8O motor a explosão deve possuir uma placa de identificação com as
seguintes características:
a. nome do fabricante;
b. tipo;
c. modelo;
d. número de série;
e. potência em CV, considerando o regime contínuo
de funcionamento;
f. rotações por minuto nominal.
C.3.9Um painel de comando deve ser instalado no interior da casa de bombas,
indicando bomba em funcionamento e sistema automático desligado (chave seletora
na posição manual).
C.3.10
As baterias do motor a
explosão, localizadas na casa de bombas, devem ser mantidas carregadas por um
sistema de flutuação automática, por meio de
um carregador duplo de baterias. O
sistema de flutuação deve ser capaz de atender, independente, aos dois jogos de baterias (principal e
reserva).
C.3.11
O sistema de flutuação
automática deve ser capaz de carregar uma bateria descarregada em até 24 h, sem
que hajadanos às suas placas, determinando ainda, por meio de amperímetros e
voltímetros, o estado de carga de cada jogo debaterias.
C.3.12
Nos casos em que houver
apenas uma bomba de incêndio, por motor à explosão, o sistema de partida deve
ser sempre automático.
D.1
Aspectos construtivos
D.1.1O abrigo pode ser construído em alvenaria, em materiais metálicos, em
fibra ou vidro laminado, ou de outro mate- rial a critério do projetista, desde
que atendam os demais itens especificados, podendo ser pintados em qualquer
cor, desde que sinalizados de acordo com a IT 20 – Sinalização de emergência.
D.1.2O abrigo das mangueiras pode ter portas confeccionadas em material transparente.
D.1.3O abrigo deve possuir apoio ou fixação própria,independente da tubulação
que abastece o hidrante ou mangotinho.
D.1.4O abrigo deve ter dimensões suficientes para acondicionar, com
facilidade, as mangueiras e respectivos acessórios, permitindo rápido acesso e
utilização de todo conteúdo, em caso de incêndio.
D.2.1A válvula de hidrante e a
botoeira de acionamento da bomba de incêndio podem ser instaladas dentro do
abrigo desde que não impeçam a manobra dos seus componentes.
D.2.2O abrigo de hidrante interno
não deve ser instalado a mais de 5 m da porta de acesso da área a ser protegida.
A válvula angular deve ser instalada neste intervalo, entre a
portae o abrigo, devendo estar em local visível e de fácil acesso.
Deve-se adotar espaço suficiente para a manobra da válvula angular e conexão de
mangueira(s).
D.2.3A porta do abrigo deve estar situada em sua face mais larga.
D.2.4A porta do abrigo pode ser lacrada para prevenir abertura indevida, desde que o lacre seja de fácil rompimento manual ouexista
a possibilidade de alerta por monitoramento eletrônico.
D.2.5Nas edificações do Grupo E, e nas edificações das Divisões F-4 e
M-1, os abrigos poderão ser trancados com chaves-mestras disponíveis,
respectivamente, na portaria e na secretaria
escolar, e nas centrais de segurança eadministração, bem como de posse dos
seguranças locais.
D.2.6Para as áreas destinadas a garagem, fabricação, depósitos e locais
utilizados para movimentação de mercadorias, o abrigo de hidrante interno deve
ser sinalizado no piso com um quadrado de 1 m de lado, com borda de 15 cm, pintada na cor amarela
fotoluminescente e, o quadrado internode 70 cm, na cor vermelha.
D.2.7O abrigo de hidrante interno deve ser disposto de modo a evitar que, em
caso de sinistro, fique bloqueado pelo fogo.
D.2.8O abrigo não deve ser instalado em frente a acessos de entrada e saída
de: pedestres, garagens, estacionamentos, rampas, escadas e seus patamares.
Cada abrigo deve dispor, no mínimo, dos equipamentosindicados nas Tabelas
2 e 4.
D.4.1Quando os mangotinhos forem abrigados em caixas de incêndio, estas devem atender
às mesmas condições estabelecidas para as caixas de hidrantes, devendo ter as
dimensões necessárias para abrigar o carretel axial.
D.4.2O mangotinho externo à edificação deve ser instalado em abrigo
apropriado, devidamente sinalizado.
E.1
Podem ser considerados
casos de isenção de sistema de hidrantes e mangotinhos as áreas das edificações
com as seguintes ocupações:
E.1.1
Áreas exclusivamente
destinadas a processos industriais com
carga de incêndio igual ou inferior a 200 MJ/m².
E.1.2
Depósitos de materiais
incombustíveis, tais como: cimento, cal, metais, cerâmicas, agregados e água,
desde que, quando embalados, a carga de incêndio, calculada de acordo com a IT
14 – Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco, não ultrapasse 100 MJ/m².
E.1.3
Ginásios poliesportivos e piscinas cobertas
(divisão F-3),desde que não
utilizados para outros eventos que não sejam atividades esportivas e desde que
as áreas de apoio nãoultrapassem 930 m²;
E.1.4
Áreas de processos
industriais com altos fornos onde o emprego de água seja desaconselhável.
E.2
Pode ser isenta a
instalação de pontos de hidrante ou de mangotinho em edículas, mezaninos,
escritórios em andar superior, porão e subsolo de até 200 m² ou nos pavimentos
superiores de apartamentos “duplex” ou “triplex”, desde que o caminhamento
máximo adotado seja o comprimento estabelecido na Tabela 2 desta IT, e que o hidrante ou mangotinho
do pavimento mais próximo assegure sua proteçãoe
o acesso aos locais citados não seja por meio de escada enclausurada.
E.3
Fica isenta a instalação
de pontos de hidrante ou de mangotinho
em zeladorias, localizadas nas coberturas de edifícios, com área inferior a 70
m², desde que o caminhamento máximo
do hidrante ou mangotinho seja o
estabelecido na Tabela 2 desta IT e o hidrante ou
mangotinho do pavimento inferior assegure sua proteção.