INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 13/2022
(Aprovada
pela Portaria n° 811, de 30/12/2022, a partir de
31/03/2023)
Pressurização de escada de
segurança
1
Objetivo
2
Aplicação
3
Referências normativas e bibliográficas
4
Definições
5
Procedimentos
6
Documentos
A
Tabela 1: Níveis de pressurização
Tabela 2: Áreas típicas
de escape para quatro tipos
dePCF
B
Resumo de exigências para os diversos
tipos de edifica-ções com sistemas de pressurização
C
Condições para instalação
de casa de máquinas de pres- surização no pavimento de
cobertura
D
Condições para não se
revestir os dutos metálicos de suc-ção e/ou pressurização
E
Esquema geral do sistema
de pressurização (com duto no interior
da escada)
F
Modelo de cálculo de vazão
do sistema de pressurizaçãode escada
G
Relatório de Comissionamento
e de
Inspeção periódicado sistema
de pressurização de escadas
1.1 Estabelecer os requisitos mínimos
necessários para o di-
mensionamento da pressurização de escadas de segurança em edificações.
1.2 Manter as escadas de emergência livres da fumaça, de modo a permitir a
fuga dos ocupantes de uma edificação no caso de incêndio. Esse sistema também pode ser acionado em qualquer
caso de necessidade de abandono da edificação.
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edifica- ções descritas
no Anexo B.
Instrução Técnica nº 13/19
do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
(ABNT). NBR 9050 - que trata da adequação das edificações
e do imobiliário urbano à pessoa deficiente – Procedimento.
.NBR 9077 – Saídas
de emergência em edifícios.
.NBR 10898 - Sistemas de iluminação de emergência.
.NBR
11742 – Porta corta-fogo para saída de emergência.
.NBR 13768 – Acessórios
destinados à porta corta-fogo para saída de emergência – requisitos.
.NBR 14880 – Saídas de
emergência em edifícios – Escada de Segurança – Controle de fumaça por pressurização.
.NBR 16401 – Instalações de ar-condicionado - Siste
mas centrais e unitários.
.NBR 17240 - Sistemas de detecção e alarme de incêndio
BS-5588-4 (British Standards Institution) - Pressurização de es- cadas de segurança.
ASHRAE (American Society
of Heating, Refrigerating and Air- Conditioning Engineers) Handbook - Normas
ASNI / ASHRAE 51.
HVAC (Heating, Ventilating, and Air-Conditioning, and Refrigeration) Publications - Recomendação
Técnica DW/143 da Heating and Ventilation Contractors’ Association (HVAC).
SMACNA (Sheet Metal and Air Conditioning
Contractors’ National Association) Publications HVAC Duct Construction - Metal
and Flexible.
HVAC System Duct Design; HVAC Air Duct Leakage Test Manual.
AMCA (Air Movement and Control Association
International, Inc.) - AMCA 203, pela literatura Field
Performance Measure- ment of
Fan System; AMCA-210 e o Manual da AMCA “Fans and Systems” - publicação 201-90
- “O fator do efeito do sistema” (System Effect Factor) e suas tabelas.
Norma ISO 6944 - Fire Resistance Tests
- Ventilation Ducts
ou similar.
4.1 Para os efeitos desta Instrução
Técnica aplicam-se as de-
finições constantes da IT 03 - Terminologia de segurança con- tra incêndio.
5.1.1 Princípio geral da pressurização
a. considera-se um espaço pressurizado quando este rece- ber um suprimento contínuo
de ar que possibilite manter um diferencial de pressão entre
este espaço e os adjacentes, preservando-se um fluxo de ar através de uma ou
várias trajetórias de escape que conduzem o ar para o exterior da edificação;
b. para a finalidade prevista
nesta IT, o diferencial de pres-
são deve ser mantido em nível adequado
para impedir a entrada de fumaça no interior da
escada;
c. o método
estabelecido nesta IT também se aplica às es-
cadas de segurança com pavimentos abaixo do piso de descarga.
5.1.2.1
O sistema de pressurização
pode ser projetado de duas formas:
5.1.2.1.1 Sistema de 1 estágio: para operar somente
em situ- ação de emergência;
5.1.2.1.2 Sistema de 2 estágios: incorporar um nível baixo de
pressurização, para funcionamento contínuo, com previsão para um nível maior de pressurização que entra em funciona- mento em uma situação de emergência.
5.1.2.1.3 Recomenda-se dar preferência para a opção do sis- tema de 2 estágios, para que se mantenha um nível mínimo
de proteção em permanente operação, bem como propiciar a re- novação de ar
no volume da escada.
5.1.3.1
São elementos básicos de um sistema
de pressurização:
a. sistema de acionamento e alarme;
b. ar externo suprido
mecanicamente;
c. trajetória de escape do ar;
d. fonte de energia garantida.
5.1.4.1
Toda e qualquer proposta de sistema de pressurização
deve seguir os critérios de apresentação e desenvolvimento de acordo com o estabelecido abaixo:
Vazão ( Q ) = m3/s
Velocidade ( V ) = m/s
Área ( A ) = m2
Pressão ( P ) = Pa ( Pascal ), ou mmH2O (milímetro de coluna d’água)
Potência = CV (Cavalo Vapor)
ou HP (Horse Power)
Temperatura em graus Celsius = ºC
Altura da edificação (h) = m
5.1.5.1
O nível de pressurização utilizado para fins de projeto não deve ser menor
que o apresentado na Tabela
1 do Anexo A desta IT e não deve ultrapassar o limite de 60 Pa,
conside- rando-se todas as PCF (portas
corta-fogo) de acesso
à escada na condição fechadas.
5.1.5.2
Os edifícios utilizados
por crianças, idosos e ou pes- soas incapacitadas precisam de considerações especiais, a fim de assegurar que as PCF possam ser abertas, apesar
da força criada pelo
diferencial de pressão.
5.1.5.3
Para obtenção
dos níveis de pressurização, no interior
dos espaços pressurizados, na determinação da capacidade de vazão e pressão dos motoventiladores, devem ser avaliadas
as perdas de carga localizadas em todos os componentes de captação e distribuição do sistema (dutos, venezianas, grelhas,
joelhos, dampers, saídas dos motoventiladores, rugosidades das superfícies internas dos dutos etc.) que devem constar
de memorial de cálculo, atendendo as seguintes condições:
a. desenvolvimento do
cálculo do suprimento de ar neces- sário considerando as duas situações
previstas no item 5.1.6 abaixo: escape de ar com todas as portas do espaço pressurizado
na condição fechadas (equação 2); e es- cape
de ar considerando as portas
na condição abertas, conforme a quantidade estipulada
no Anexo B desta IT (equação 3);
b. desenvolvimento do cálculo das perdas de carga ao longo
da rede de captação e distribuição ar, considerando todas
as singularidades. Deve constar também
a velocidade do fluxo
de ar em todos os trechos e acessórios, que devem
estar dentro dos limites estipulados nesta IT. Tabelas e ábacos de fabricantes de acessórios podem ser conside- rados para determinação das perdas de carga de singu-
laridades, a partir da velocidade e vazão;
c. a velocidade do fluxo de ar em todo o trecho de captação
deve ser de, no máximo, 8 m/s e, no trecho de distribui- ção: máximo
de 10 m/s quando o duto for construído em alvenaria ou gesso acartonado e de 15 m/s quando o duto for construído em chapa metálica. No dimensionamento, adotar parâmetros
do manual da ASHRAE (American So- ciety of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engi- neers), podendo ser aceitas
velocidades diferentes, quando se tratar
de edificação existente, desde que não
haja possibilidade técnica de adequação, devidamente justificada.
5.1.6.1
Cálculo do suprimento de ar
5.1.6.1.1 Para determinação do primeiro
valor de suprimento de ar necessário para obtenção de um
diferencial de pressão entre o ambiente a ser pressurizado e os ambientes contíguos, deve-se adotar a equação 1. Essa equação depende
direta- mente da área de restrição
e do diferencial de pressão
entre os ambientes contíguos.
A área de restrição é determinada pelo escape
de ar para fora do espaço a ser pressurizado, quando o ar passa, por exemplo, pelas frestas ao redor de uma PCF. O diferencial de pressão é o mínimo estabelecido na Tabela 1
do Anexo A desta IT, ou seja, 50 Pa.
Equação
1:
Q =
0,827 x A x (P)(1/N)
Onde:
Q é o
fluxo de ar (m3/s)
A é a
área de restrição (m2)
P é o
diferencial de pressão (Pa)
N é
um índice que varia de 1 a 2
No
caso de frestas em torno de uma PCF, N = 2
No
caso de frestas em vãos estreitos, tais como frestas em torno de janelas, N =
1,6
Vazão
de ar (condição padrão de ar com densidade de 1,204 kg/m3).
a. na trajetória de escape
do ar para fora de um espaço pressurizado, podem existir
elementos de restrição posi- cionados em paralelo, tal como ilustrado na Figura 1, ou
em série, como apresentado na Figura 2, ou ainda uma combinação desses.
b. no caso de trajetórias de escape do ar em paralelo, com as portas do ambiente conforme Figura
1 acima, a área total de escape é determinada pela simples soma de to- das as áreas de escape
envolvidas, então:
c. no caso das portas em série,
como a PCF da escada e a PCF da antecâmara não ventilada a ela associada, como demonstrado na Figura 2 acima, temos:
d. o escape total e efetivo de uma combinação de trajetórias
de escape do ar em série e em paralelo,
pode ser obtido combinando sucessivamente grupos simples de escape isolados (PCF da escada e da antecâmara pressurizada do mesmo pavimento), com os outros equivalentes (PCF em paralelo).
5.1.6.3.1 De maneira geral, o escape de ar a partir de uma escada ocorre:
a. por meio das frestas em
torno das PCF (quando essas estiverem fechadas), devendo ser adotados os
valores constantes da Tabela 2 do Anexo A desta IT;
b. por meio do vão de luz das PCF consideradas na condi
ção abertas, na quantidade estipulada na Tabela do Anexo B desta IT, somadas às
perdas pelas frestas das demais PCF consideradas na condição fechadas;
c. por meio das frestas
no entorno de portas de elevadores
e janelas existentes no espaço pressurizado.
a. para ser eficaz, a
escada de emergência deve ter seus acessos protegidos por PCF, sendo
inevitável que estas sejam
abertas ocasionalmente. A pressurização projetada não pode ser mantida, se
houver grande abertura entre a área pressurizada e os espaços adjacentes;
b. caso haja uma
abertura permanente (uma janela dentro da caixa de escada,
por exemplo), deve ser considerada a introdução de vazão de ar suficiente para se obter uma
velocidade média do ar, através
desta abertura, de 4 m/s;
c. a abertura intermitente das PCF, quando do abandono da edificação, produz, momentaneamente, uma perda de pressão no interior
da escada. Nesta situação, a vazão de ar
determinada pela Equação 1 deve ser avaliada para que seja obtida uma condição satisfatória para minimizar a
infiltração de fumaça no interior da escada nesta situação, devendo
possibilitar a manutenção de uma velocidade de ar mínima de 1,0 m/s saindo através
das PCF consideradas na condição abertas;
d. os critérios para verificação da velocidade do ar a que se referem os itens seguintes são os
estipulados no item 5.1.6.5, adiante;
e. o número de PCF, na
condição abertas, a ser utilizado nos cálculos, depende do tipo de edificação,
considerando-se o número de ocupantes e as dificuldades encontradas para o
abandono, devendo obedecer aos critérios
estipulados no Anexo B, desta IT;
f. uma PCF considerada na condição
aberta (em relação
ao estabelecido no Anexo B, desta IT) deve ser acrescentada no cálculo do suprimento de ar do sistema
de pressurização, em edificações de escritório até 21 m de altura onde existem
locais de reunião
de público, com capacidade para 50 ou mais pessoas
(tais como auditórios, refeitórios, salas de exposição e assemelhados). Esse
critério deve ser desconsiderado quando o local de reunião de público estiver
no piso de descarga (térreo ou nível com saída direta para o exterior)
ou em mezaninos do piso térreo com acessos através
de escadas exclusivas, de tal modo que a escada pressurizada não seja
utilizada como rota predominante de
saída de emergência para esse público;
g. devem ser considerados os vãos e frestas reais de todas as PCF da caixa da escada
pressurizada, conforme especificado abaixo, na quantidade estipulada no Anexo B desta IT:
1) PCF simples, quando todos os
acessos à escada pressurizada ocorrer apenas através de PCF simples;
2) PCF duplas, quando a quantidade de
PCF duplas instaladas for igual ou superior à quantidade de PCF abertas - critério esse estipulado no Anexo B desta IT, para efeito de
dimensionamento de escapes de ar por meio de PCF na condição abertas;
3) PCF duplas e PCF simples na mesma
caixa de escada, quando a quantidade de PCF duplas
for inferior à quantidade de PCF
consideradas na condição abertas (conforme critério
estipulado no Anexo
B desta IT, para efeito de
dimensionamento de escapes de ar por meio de PCF na condição abertas) devem ser
consideradas todas as PCF duplas e, na quantidade devida, complementar com PCF
simples. Neste caso, cada PCF dupla deve ser computada como uma PCF aberta e
não como duas, embora devem ser somados o vão de luz real de cada PCF dupla e
simples consideradas.
h. em edificações existentes é comum o uso da pressurização de um amplo hall e o uso da PCF no
acesso às unidades residenciais ou unidades de escritório etc.,
como estabelecido na figura 1 do item 5.1.6.2. Nesses casos, o número de
PCF duplas ou simples calculadas
(respeitando-se suas áreas),
deve ser de 4 para edificações com até 60 m de altura, sendo que
acima desse valor é exigido
o cálculo de 5 PCF abertas.
Observação:
o número máximo de PCF por pavimento em contato com
esse ambiente pressurizado deve ser
de 4 PCF simples. Características diferentes devem ser avaliadas em Câmara Técnica.
Nota:
A vazão total requerida para o sistema de
pressurização de escadas deve ser calculada
pela equação abaixo:
•
Se QFT > QAT, então
QT = QFT
•
Se QFT < QAT, então
QT = QAT
Onde:
QT = vazão total requerida do sistema de pressurização;
QFT = vazão total das frestas com todas as
portas fechadas (m3/s) conforme Equação 1;
QAT = vazamento de ar através das portas
consideradas na condição abertas somadas às frestas das demais portas,
na condição fechadas (m3/s), com velocidade de 1 m/s.
Observação:
Em todos os casos, levar em consideração a condição padrão
do ar.
a. na prática, a
velocidade de saída do ar deve ser obtida dividindo-se a vazão de ar de
suprimento (Equação 1) pela área de abertura total;
b. a área de abertura
total deve ser calculada somando-se as
áreas das PCF consideradas abertas (ver Anexo B, desta IT) e as frestas das
demais PCF previstas na es- cada, na condição fechadas;
c. quando a velocidade
obtida no cálculo especificado no item “a” acima
for inferior ao parâmetro mínimo
estabelecido, a vazão de ar deve ser aumentada até que seja alcançado
o valor requerido (1 m/s);
d. sobre o valor de vazão de ar obtido
conforme itens “a” ou
“c” acima, devem ser aplicados
os fatores de vazamentos
em dutos e de vazamentos não identificados, conforme item 5.1.6.6;
e. para atender
a todas as hipóteses de escapes de ar e de
vazamentos não identificados, contidos nesta IT, invariavelmente a escada pressurizada deve ser provida
de dispositivos que impeçam
que a pressão no seu interior eleve-se acima de 60 Pa, devido ao excesso de ar
que pode ser necessário.
5.1.6.6.1 Para se determinar a vazão de ar total requerida, após o desenvolvimento da equação 4,
constante do item an- terior, acrescentar ao resultado
final, conforme equação 5, abaixo, os fatores de vazamentos de ar em dutos e de
vaza- mentos não identificados:
a. acrescentar 15% para vazamentos em dutos metálicos ou 25% para dutos construídos em alvenaria ou mistos, sendo que esses valores
porcentuais devem ser considerados
independentemente do comprimento dos dutos;
b. acrescentar 25% - para atender à hipótese de vazamen-
tos não identificados:
QTS = QT
+ 15% (vazamentos em dutos metálicos) + 25%
(vazamentos não identificados);
ou
QTS = QT + 25% (vazamentos em dutos de alvenaria ou mistos)
+ 25% (vazamentos não identificados);
QT = vazão total requerida
do sistema de pressurização (m3/s) conforme equação
4, levando-se em consideração a condição
padrão do ar;
QTS = vazão total requerida do sistema de pressurização (m3/s), conforme equação 4 acrescida dos fatores de segurança, levando-se em
consideração a condição padrão do ar.
Nota:
A vazão total requerida para o sistema de pressurização
de escadas, somada aos dois fatores
de segurança acima descritos, deve ser calculada conforme abaixo:
QTS = QT x 1,4 (quando se tratar de duto metálico); ou
QTS = QT
x 1,5 (quando se tratar de duto de alvenaria ou misto).
5.1.6.7.1 A antecâmara de segurança do elevador de emer- gência deve ser pressurizada, adotando-se os
critérios do item
5.1.6.8
e da Tabela 1 do Anexo A,
desta IT, e apresentar as seguintes características:
a. no cálculo da vazão de ar de pressurização, deve ser con-
siderado o escape de ar através das aberturas no entorno da passagem de cabos
de aço e outros no topo do poço do
elevador, no piso da casa de máquinas, em série com o escape pelas frestas das portas de acesso ao elevador
nos diversos pavimentos;
b. o cálculo
para determinação da vazão de ar de pressuri-
zação deverá considerar as frestas das portas
do eleva- dor e das PCF de acesso às antecâmaras conforme a Ta- bela 2 do Anexo A. Considerando que esses parâmetros dimensionais poderão estar alterados
na conclusão da obra, a vazão de ar introduzida em cada antecâmara deve ser regulada
para que a pressão interna
não ultrapasse a 60 Pa;
c. quando contígua com a
escada pressurizada, a antecâ- mara, quando não pressurizada por duto exclusivo, deve ser pressurizada pelo mesmo sistema da escada, através
de vasos comunicantes, controlados por venezianas uni- direcionais, reguláveis e independentes em cada nível de
pavimento, de forma a manter um gradiente de pressão no sentido do interior
da escada pressurizada para a an- tecâmara de segurança, neste caso, considerar o escape de ar através dessas
janelas no cálculo
do suprimento to- tal
de ar necessário para o
sistema de pressurização da escada (adotar as frestas e vão reais efetivos);
d. ser protegida por PCF P-90, no acesso à antecâmara de segurança, a partir do pavimento;
e. a casa de máquinas
deve ser independente e isolada em relação aos demais elevadores, com paredes com TRRF, mínimo
de, 2 h e acessos por PCF P-90;
f. alternativamente, pode
ser adotada a pressurização das antecâmaras
do elevador de emergência a partir do poço
do elevador que, nesse caso, funcionará como um duto de pressurização, para
tanto, avaliar as condições para se manter
as antecâmaras pressurizadas até o
limite de 60 Pa, considerando-se as resistências das frestas no en- torno
das portas dos elevadores e PCF de acesso em cada pavimento – precaver-se de que haja um fluxo de ar contínuo entre esse espaço pressurizado com os ambien-
tes contíguos e, desses, com aberturas permanentes para o exterior da edificação. As paredes do poço do elevador
devem seguir os critérios do item 5.3.3, desta IT;
g. também,
alternativamente, pode-se fazer o acesso ao elevador de segurança diretamente
por um patamar da escada pressurizada, a partir de um hall disposto fora da
rota de circulação das pessoas
na escada, formando
um ambiente único com a caixa de escada. No ingresso a este conjunto, verificar a necessidade, ou não, da exigên-
cia da antecâmara de segurança conforme item 5.1.6.8 desta IT; o gradiente de
pressão entre a escada e a antecâmara pode ser obtido por meio de grelha unidirecio- nal, no sentido
da escada para a antecâmara. A dimensão
do acesso ao elevador emergência deve possuir espaço livre (largura) de, no mínimo, 1,50 m, não podendo esse espaço, em nenhuma
hipótese, interferir no raio de escoamento
da escada de segurança.
a. para as edificações residenciais com altura superior a 120 m e para as demais ocupações
com altura superior
a 90 m será exigida, além da pressurização da escada de se-
gurança, a existência de uma antecâmara de segurança;
b. essa antecâmara deve possuir as seguintes características:
1) Ser interposta entre a escada pressurizada e as áreas comuns ou privativas da edificação, em todos os níveis
de pavimento, considerando-se a partir do piso de des- carga, nos sentidos ascendente e
descendente (pavi mentos superiores e inferiores ao nível da descarga) dentro
do critério de altura fixado na Tabela do Anexo B desta IT;
2) Ser protegida por PCF P-60, tanto no acesso à antecâmara de segurança quanto no acesso à
escada pressurizada.
c. deve haver um diferencial de pressão
(DDP) entre a antecâmara de segurança
e o interior da escada pressurizada, garantindo-se dessa forma o gradiente de pressão
no sentido do interior da escada pressurizada para a an- tecâmara de segurança; para realizar essa DDP, o Corpo
de Bombeiros Militar aceita:
1) A
previsão de insuflação somente na escada,
deixando uma abertura na parede entre
a escada e cada antecâmara, adotando o princípio de vasos
comunicantes, com um único dispositivo de controle de pressão localizado no
interior da escada. A abertura mencionada deve ser dotada de dispositivo que
garanta o fluxo de ar somente no sentido
da escada à antecâmara, impedindo o fluxo da antecâmara à escada. O sistema deve ser
dimensionado considerando as aberturas de frestas
da antecâmara ao exterior, incluindo o poço do eleva- dor;
2) Sistemas de pressurização independentes entre a escada e as antecâmaras, com dutos, ventiladores e controles exclusivos para cada sistema,
tendo um nível
de pressurização mais alto na escada
e mais baixo nas antecâmaras, aceita-se o controle de
pressurização pela variação da rotação
dos ventiladores utilizando inverso- res de frequência na alimentação elétrica de seus motores.
d. a antecâmara de segurança deve possuir dimensões mínimas de acordo com a IT 11;
Observação:
quando exigido (ver Anexo B), as antecâmaras de segurança das escadas pressurizadas e dos elevadores de emergência, localizadas em níveis inferiores
ao piso de descarga, devem possuir as mesmas características mencionadas acima.
e. as edificações existentes estão isentas do cumprimento do estabelecido neste item, caso haja impossibilidade téc- nica
de adaptação.
5.1.6.9.1
Com a finalidade de eliminar
o risco de redução de desempenho do ventilador, em termos de vazão, deve ser con- siderado o “efeito do sistema”, atendendo
aos parâmetros definidos pelo fabricante. Normas de
referência: Normas ASNI / ASHRAE 51; AMCA-210
e o Manual da AMCA “Fans and Sys-
tems” - publicação 201-90 - “O fator do efeito
do sistema” (Sys- tem Effect Factor) e suas tabelas.
5.1.6.10.1
A apresentação da memória
de cálculo da perda de pressão no circuito de transporte de ar do sistema não é obri- gatória, porém pode ser exigida pelo
Serviço de Segurança contra Incêndio, a comprovação da metodologia de cálculo,
para esclarecimentos do valor obtido.
5.2.1 Aspectos gerais
a. cuidados especiais
devem ser avaliados para dimensio- namento do sistema de pressurização de escada de se- gurança para edificação com altura superior
a 80 m, principalmente
quanto a velocidade máxima nos dutos, vazão e
perdas;
b. a edificação deve ser
planejada de forma a atender aos requisitos
do sistema de pressurização, garantindo o seu funcionamento com relação às condições descritas nesta IT;
c. todos os componentes do sistema de pressurização (dutos, grupo motoventilador, grupo
motogerador automatizado) devem ser protegidos contra o fogo por no mínimo
2 h
(exceção feita às portas corta-fogo que devem ser do
tipo P-90, nas casas de máquinas), a fim de garantir o abandono dos ocupantes
da edificação, bem como, o acesso ao Corpo de Bombeiros Militar;
d. pisos escorregadios nas
proximidades das PCF de acesso aos espaços pressurizados devem ser evitados;
e. portas corta-fogo devem
estar de acordo com a norma NBR 11742/03, e serem instaladas de forma a atender às premissas básicas do projeto
de pressurização de esca-
das. Caso contrário, a pressurização perde sua função
e deve ser reavaliada, ou dispositivos complementares, junto a esta PCF, devem dar as garantias
do projetado na pressurização.
Tais dispositivos não podem alterar as ca- racterísticas de
resistência ao fogo das PCF;
f. atenção especial deve
ser dada às edificações que pos- suam acesso de pessoas portadoras de deficiência física;
g. devem ser previstas
área de resgate para pessoas com deficiência, conforme previsto na IT-11;
h. quando a pressurização da escada dificulta o fechamento
das PCF (como exemplo, PCF posicionada no pavimento
de descarga), dispositivos de fechamento devem ser dimensionados de forma a vencer esta força. Tais disposi-
tivos devem ser capazes de mantê-las fechadas
contra a pressão do sistema de
pressurização;
i. deve ser prevista sinalização nas PCF, na face externa
à escada, com os seguintes dizeres: “ESCADA PRESSU- RIZADA”, seguindo
critérios da IT 20;
j. visando à selagem como forma de não prejudicar o esta
k. belecido no item 5.1.6.4
desta IT, deve ser considerado o controle da porosidade das paredes que envolvem as escadas, bem como, dos dutos de sucção e pressurização,
construídos em alvenaria;
l. deve ser previsto sistema
de detecção de fumaça e iluminação de emergência nos seguintes locais:
casa de máquinas
de pressurização; sala do grupo
motogerador au- tomatizado; em qualquer outro local que possua contato direto com a escada pressurizada;
m. caso exista algum compartimento ou equipamento que,
direta ou indiretamente, possa gerar dúvida quanto
à sua real interferência no sistema de pressurização, como por
exemplo sistema de controle de fumaça, o projeto deve ser submetido à análise
de Câmara Técnica.
a. em edifícios com
múltiplas escadas pressurizadas, devem ser instalados sistemas independentes de pressurização para cada escada,
sendo consideradas como dis-
tintas as escadas que possuem
descontinuidade no nível de descarga, ainda que construídas
sob a mesma prumada. A exigência de sistemas independentes aplica-se aos equipamentos a serem instalados, devendo estes serem independentes para cada escada (conjunto motoventilador,
dutos de insuflamento, registros e grelhas), e quanto ao ambiente onde serão instalados os motoventiladores (proteção passiva dos sistemas)
pode-se aceitar uma casa de máquinas
única, desde que seja dimensionada conforme item 5.2.4
desta IT, em especial as letras
"e'", "j", “n” e “o”. Esse conceito
aplica-se igualmente para os
sistemas de detecção
automática de incêndio
e para o grupo motogerador, que pode ser único para alimentação
dos sistemas de pressurização de uma edificação;
b. não devem ser aceitas
escadas de segurança
com aberturas entre si (uma escada se comunicando com a outra, através de dutos, janelas etc.),
quando se tratarem de quantidade mínima de escadas exigidas para a edificação,
conforme IT 11 - Saídas de emergência ou Código de Obras local;
c. no caso de uma escada
em que for utilizado o recurso arquitetônico
de aproveitamento de área da caixa de es-
cada, mantendo-se as larguras, unidades
de passagens etc, com duas entradas
distintas para a mesma caixa
de escada em um mesmo nível,
é permitida a pressurização
por um único duto, devendo-se levar em conta
o número de portas
abertas, frestas e perdas em duplicata, não podendo
diminuir o número mínimo de escadas previstas para a edificação;
d. devem ser projetados sistemas
de pressurização para as
escadas que atenderem os pavimentos abaixo do piso de
descarga e subsolos, caso esses pisos sejam utilizados para atividades diversas de estacionamento de veículos ou possuam
altura ascendente maior que 12 m;
5.2.3 como regra geral, deve-se evitar o uso de escadas de segurança pressurizadas e escadas simples
ou enclausuradas sem pressurização, quando ocupam o mesmo espaço
(mesmo ambiente – por exemplo: mesmo corredor de acesso). Casos
específicos poderão ser aceitos pelo Corpo de Bombeiros Mili- tar, desde que o responsável técnico
cite claramente, no me- morial específico, que as ventilações do ambiente (por exemplo:
ventilações permanentes nas fachadas, nos corredores de acesso
e outras) garantam
a não interferência da escada
pres- surizada sobre as demais.
a. a circulação de ar promovida
pelo sistema de condicionamento
de ar ou de exaustão mecânica deve ser projetada de modo a manter a trajetória do fluxo de ar
no sentido contrário ao estabelecido para o abandono
da população da edificação, a fim de diminuir o risco das rotas
de fuga serem atingidas pela fumaça oriunda do incêndio. Caso isso não seja atendido, devem ser previstos dispositivos de fechamento
automático, que garantam o bloqueio da passagem de fumaça em caso de incêndio.
Portanto, esses dispositivos devem ser utilizados quando existir o risco desses dutos e/ou sistemas contribuírem
para o alastramento do incêndio, ou
não atenderem aos critérios de compartimentação horizontal e/ou vertical;
b. na situação de
emergência (em funcionamento do sistema de pressurização), todo o sistema
de circulação de ar
existente na edificação deve ser projetado
para imedi- ata interrupção do
seu funcionamento.
c. sistemas de exaustão podem ser mantidos
ligados desde que promovam um fluxo favorável ao sentido
do escape de ar do sistema de pressurização de escada, sendo que
tais casos devem ser analisados em Câmara Técnica;
d. o sistema de alarme e
detecção de incêndio também deve ser o responsável pelo comando das alterações necessárias no sistema de ventilação e ar condicionado. O sinal, que deve dar início a todas estas alterações na operação desses
sistemas, deve vir da mesma fonte que aciona
a pressurização na situação de emergência;
e. detector de fumaça dentro dos dutos de retorno do ar con- dicionado pode ser utilizado como sistema auxiliar
de acionamento do sistema de
pressurização, devendo o mesmo ser adequadamente instalado e ter sua eficiência comprovada por meio de ensaio,
de acordo com NBR 17240/10.
a. a edificação deve proporcionar a
proteção adequada contra incêndio para todos os componentes que garantam o funcionamento do sistema de
pressurização;
b. os dutos de sucção e/ou pressurização, seus ancoramentos ou seus revestimentos contra
incêndio, em seu caminhamento interno
ou externamente à edificação, não de-
vem passar por ambientes que possam prejudicar (com danos mecânicos, químicos ou do próprio incêndio) a eficiência do
sistema de pressurização;
c. os dutos de sucção e/ou pressurização, no seu caminhamento devem, de preferência, estar posicionados o mais
próximo possível ao teto (laje)
dos ambientes, sendo que
quaisquer outras instalações devem estar posicionadas logo abaixo, desde que
atendam aos requisitos do item 5.2.4, letras (f, g e h) desta IT;
d. os ancoramentos dos dutos e outros
acessórios, neces- sários ao sistema de pressurização, não podem servir
funcionalmente a outros tipos de instalações;
e. cabos elétricos e dutos de sucção e/ou pressurização de- vem
estar devidamente protegidos contra a ação do fogo em
caso de incêndio, garantindo o acionamento e o fun- cionamento do sistema de pressurização para no mínimo 2 h;
f. os dutos de sucção e/ou pressurização, para que não seja
exigido o revestimento contra incêndio, devem estar afas-
tados de sistemas de vasos sob pressão, baterias de GLP ou sistemas alimentados por gás
natural, de nafta ou si- milares
e depósitos ou tanques de combustível, de acordo com
o estabelecido no Anexo D desta IT;
g. para os riscos citados
no item 5.2.4 letra (f), em que não consiga os afastamentos estabelecidos
no Anexo D (to- dos desta IT), além da proteção que garanta resistência ao fogo por 2 h nos dutos de sucção e/ou pressurização,
deve ser prevista distância mínima,
medida no plano ho-
rizontal, de 2 m desses riscos;
h. caso o afastamento de 2 m entre as tubulações que conduzem gás GLP,
gases naturais, de nafta
ou similares e os dutos de
sucção e/ou pressurização não seja cumprido,
essas tubulações de gás devem
ser envolvidas por tubo-luva de proteção, de ferro
galvanizado ou aço car- bono, devidamente identificada na cor vermelha
e suportado de forma independente,
com diâmetro nominal mínimo 1,5 vezes
maior que a tubulação a ser envolvida. O afastamento, medido no plano horizontal, entre a entrada e saída do tubo-luva de proteção e
os dutos de sucção e/ou pressurização, deve ser de no mínimo 1 m, de acordo com
o estabelecido no Anexo D desta IT;
i. o grupo motoventilador,
seus acessórios, componentes elétricos e de controle, devem ser alojado em
compartimento resistente ao fogo por, no mínimo,
2 h. As PCF de acesso a esse compartimento devem ser do tipo PCF P-
90;
j. caso o compartimento da casa de máquinas
do grupo motoventilador esteja posicionado em pavimento subsolo, ou outro
pavimento que possa causar risco de
captação da fumaça de um incêndio, deve ser previsto uma antecâmara de
segurança entre esse compartimento e o pavimento. Também deve ser previsto
sistema de detecção no acesso a esse conjunto compartimento casa de má- quinas. Essa antecâmara de segurança pode possuir dimensões reduzidas, com relação ao
estabelecido na IT 11. O acesso à antecâmara de segurança deve ser pro- tegido por uma PCF P-90, bem como, o acesso à casa de máquinas do grupo motoventilador ser protegido por uma
porta estanque, de forma a evitar a
captação de fumaça que porventura passe
pelas frestas desta PCF. Essa solução
pode ser substituída por outra que garanta a dimi- nuição de risco
de captação da fumaça de um incêndio pelo compartimento casa de máquinas do
grupo motoventilador;
k. quando o sistema de interligação do grupo motoventilador
for realizado por
correias, deve ser providenciada
proteção contra eventuais acidentes pessoais, por meio de grade ou outro dispositivo que possua mesma finalidade
e eficiência;
l. o grupo motogerador
automatizado e seus acessórios, quando exigidos, de acordo com os critérios do Anexo B, desta IT, devem ter seu compartimento,
o mesmo nível de proteção estabelecido no item 5.2.4, letra i desta IT. Tais compartimentos devem ser projetados com vistas a garantir a manutenção de sua estabilidade, integridade e
estanqueidade, tendo em vista a vibração originária do funcionamento do grupo
motogerador;
m. o circuito formado pela
tomada de ar frio e saída do ar aquecido (do compartimento casa de máquinas
do grupo motogerador), bem
como, o escape dos gases da com- bustão, para o perfeito funcionamento do grupo motogerador automatizado e seus
acessórios, devem ser adequadamente projetados como forma de garantir a alimen-
tação elétrica dos sistemas de segurança e sistema de pressurização das
edificações. Preferencialmente, o grupo motogerador e seus acessórios devem estar posi- cionados no pavimento térreo ou
próximo deste. Caso não exista condição técnica para o cumprimento dessa
exigência, no mínimo, deve ser garantida que a tomada de ar frio seja realizada próximo ao pavimento térreo, através de dutos, sem o risco de se captar a fumaça oriunda de um incêndio. Os dutos de tomada
de ar frio se passarem por áreas de risco, devem possuir proteção que garanta resistência ao fogo por no mínimo
2 h. Cuidados especiais, quanto ao isolamento térmico e/ou de resistên-
cia ao fogo, devem ser tomados para os dutos de saída do ar aquecido
e dutos de escape de gases
da combustão;
n. cuidados especiais devem ser tomados
para evitar a entrada de água ou produtos agressivos, nos compartimen- tos casa de máquinas
do grupo motoventilador e do grupo motogerador
automatizado, por intempéries ou mesmo quando da manutenção geral da
edificação;
o. o grupo motoventilador deve estar posicionado em compartimento diferente do que abriga
o grupo motogerador automatizado;
p. nas edificações
existentes, não é obrigatório o uso do grupo
motogerador automatizado, que pode ser substituído
pela ligação independente do grupo motoventilador;
q. prever fechamento adequado para as instalações hidráulicas de água, esgoto
e águas pluviais
no interior das casas
do grupo motoventilador e grupo motogerador, com TRRF conforme
a IT 08 - Resistência ao fogo dos elementos
de construção.
5.3.1 Ventilador
a. o conjunto motoventilador deve atender a todos os requisitos desta IT,
para proporcionar a pressurização requerida;
b. em todos os
edifícios devem ser previstos sistemas motoventiladores em duplicata, com as mesmas
características, para atuarem especificamente na situação de emergência,
de acordo com os critérios estabelecidos no Anexo B desta IT;
c. nos edifícios residenciais com até 80 m de altura, nos edifícios de escritórios com até 60 m de altura e nos edifícios escolares com até 30 m de
altura, é permitido o uso de somente um motoventilador;
d. para se atingir a vazão total
de projeto, podem ser utilizados 2 grupos motoventiladores,
sendo que cada grupo deve, no mínimo,
garantir 50% da vazão total
do sistema e 100% da pressão
total requerida, para atuarem especificamente no estágio de emergência e
em conjunto.
a. é essencial
que o suprimento de ar usado para pressurização
nunca esteja em risco de contaminação pela fumaça proveniente de um incêndio no
edifício. Medidas para minimizar a influência da ação dos ventos sobre o
sistema de pressurização (como a tomada e a saída de ar) também devem ser
adotadas;
b. as seguintes distâncias mínimas devem ser adotadas, em relação às aberturas
próximas à tomada de ar da pressu- rização:
1) 2,5 m das aberturas nas laterais,
medidos horizontal- mente. Quando a tomada de ar for feita abaixo do nível do piso de descarga da edificação,
a distância deverá então ser de 5 m;
2) 2 m das aberturas acima da tomada
de ar;
3) abaixo da veneziana de tomada de
ar não serão per- mitidas aberturas, exceto quando, comprovadamente, esta
abertura não prejudicar a tomada de ar, devido à posição, à existência de
proteções etc;
4) é permitida a instalação da tomada
de ar em local interno à linha de projeção do pavimento superior.
a. a tomada de ar e instalação
do grupo motoventiladore seus acessórios, para o sistema de pressurização,
devem atender às seguintes características:
1) Localizarem-se no pavimento térreo
ou próximo deste e possuir filtro de partículas, conforme NBR 16401/08, sendo
do tipo metálico lavável;
2) Caso necessário, a tomada de ar deve ser realizada através de duto de captação de
um local sem risco de fumaça de incêndio até o compartimento que abriga o
conjunto motoventilador;
3) Não é permitido conjugar
a captação de ar do sistema
de pressurização com a saída da extração de fumaça dos subsolos;
4) O compartimento que abriga o
conjunto motoventilador deve permitir facilidades de acesso para manutenção, mesmo quando estiver posicionado em nível
subterrâ- neo.
a. em edificações existentes, anteriores a IT 13/18 do CBMRN e, quando não
houver condições técnicas de se
cumprir o estabelecido no item 5.3.2.1.a desta IT, devidamente comprovada a
inviabilidade, quanto à instalação do conjunto
motoventilador e a tomada de ar, pode ser permitida sua instalação
no pavimento cobertura;
b. caso seja aceita a
tomada de ar ao nível da cobertura da
edificação, requisitos mínimos devem ser providenciados de modo a diminuir o risco de captação da fumaça que sobe pelas fachadas do edifício, a saber:
1) Construção de uma parede alta,
posicionada em todo o perímetro da
cobertura da edificação, e afastada da tomada de ar 5 m, medida no plano
horizontal, tal parede deve ser 1 m, mais alta
que o nível da tomada de ar.
Observação:
Ver Anexo C desta IT;
2) Construção de uma parede alta, 2 m
acima da tomada de ar, posicionada em
todo o perímetro da cobertura da edificação, quando não se conseguir o
afastamento de 5 m, medidos no plano horizontal.
Observação:
Ver Anexo C desta IT;
c. da mesma forma, o ponto de descarga de qualquer duto vertical que possa eventualmente
descarregar fumaça de um incêndio, deve também estar afastado 2 m, no mínimo, medida no plano vertical, em
relação ao nível da tomada de ar. Esse duto deve atender aos requisitos
estabelecidos no item 5.2.4, letra
b, desta IT, e preferen- cialmente o seu ponto de descarga
deve ficar posicionado
o mais próximo possível, medido
no plano horizontal, da tomada de ar do sistema de pressurização.
Observação:
Ver Anexo C desta IT.
a. nos edifícios com vários pavimentos, a disposição preferida para um sistema
de distribuição de ar para pressuri-
zação consiste em um duto vertical que corre adjacente aos espaços
pressurizados, sendo que, para edificações existentes, havendo
impossibilidade técnica justificada de execução
desse duto, pode ser aceita a distribuição de ar através de duto plenum. Neste caso o projeto deve ser
analisado em Câmara Técnica. Deve-se verificar os efeitos da “resistência fluído-dinâmica” associada ao es- coamento vertical do ar pela escada, que se manifesta em série, de um andar
a outro. O problema fica,
portanto, na dependência da
geometria da escada, que deve ser ob-
jeto de análise específica de cada caso;
b. os dutos devem, de preferência, ser construídos em metal
laminado, com costuras longitudinais lacradas à máquina,
com material de vedação adequado. Os aspectos cons-
trutivos devem obedecer às recomendações da SMA- CNA, por meio das literaturas HVAC Duct Construction - Metal and Flexible e HVAC System Duct Design. A utili- zação de dutos confeccionados em outros materiais, além de atender
as condições de exigência relativas
aos dutos metálicos, deve ser
submetida à avaliação da Câmara Técnica, no Serviço de Segurança contra
Incêndio;
c. cuidados especiais devem ser tomados na ancoragem dos dutos do sistema de
pressurização, quando for ne- cessário o uso de revestimento resistente ao fogo
para sua proteção, tendo em vista o aumento de peso causado
por esses revestimentos;
d. dutos de alvenaria podem ser utilizados, desde que sejam
somente para a distribuição do ar de pressurização, e que a sua superfície interna, preferencialmente, possua revestimento com
argamassa, com objetivo de se obter uma superfície lisa e estanque,
ou revestida com chapas
metálicas ou outro material incombustível. Dutos para pressurização, com áreas internas
inferiores a 0,5 m2, tri- angulares e muito estreitos (com
largura menor que 40 cm), devem, à medida do possível, ser evitados;
e. recomenda-se que o nível de ruído transmitido pelo sis- tema de pressurização no interior da escada não deve ul- trapassar a 85 db(a), na condição
desocupada;
f. caso necessário, um teste de vazamento nos dutos pode ser
aplicado de forma a
se verificar a exatidão
dos parâ- metros adotados.
O método de teste deve ser o recomen-
dado pela SMACNA,
por meio da literatura HVAC Air Duct Leakage
Test Manual;
g. registros corta-fogo não devem ser usados na rede de du- tos de tomada ou distribuição do ar de pressurização, de modo que o seu acionamento não
prejudique o supri- mento de ar;
h. os dutos metálicos, tanto na tomada
de ar quanto na sua distribuição, que ficarem posicionados de forma aparente,
devem possuir tratamento de revestimento contra
o fogo, que garanta resistência ao fogo por 2 h, mesmo que es- ses dutos estejam posicionados em pavimentos subsolos ou na face externa
do edifício. Exceção,
quando do cami- nhamento do duto externo à
edificação com os afasta- mentos citados no Anexo D desta IT;
i. os revestimentos resistentes
ao fogo aplicados direta- mente sobre os dutos metálicos de ventilação, quando
submetidos às condições de trabalho esperadas, principalmente às condições de um incêndio,
devem demons- trar resistência
ao fogo por um período mínimo de 2 h, atendendo aos seguintes critérios abaixo:
1)
Integridade à passagem de chamas, fumaça e
gases quentes;
2)
Estabilidade
ao colapso do duto, que evitaria o cumpri-
mento normal de suas funções;
3)
Isolamento
térmico, para evitar
que a elevação da tem- peratura na superfície interna do
duto não alcance 140ºC (temperatura média) e 180ºC (temperatura má- xima
pontual), acima da temperatura ambiente;
4)
Incombustibilidade do revestimento.
Observação:
Os critérios acima devem ser definidos em testes normalizados de resistência ao fogo
de dutos de ventilação, utilizando a norma brasileira, e na sua ausência a norma ISO 6944 - Fire Resistance Tests -
Ventilation Ducts ou similar.
j. caso se adote parede sem função estrutural para proteger dutos metálicos
verticalizados, pode ser adotada a Tabela
de Resistência ao Fogo Para Alvenarias, conforme anexo B
da IT 08.
a. para a pressurização de
uma escada, através de duto, devem ser previstas várias grelhas de
insuflamento, localizadas a intervalos regulares por toda a altura da escada, e posicionadas de modo a haver uma distância máxima de dois pavimentos entre grelhas
adjacentes. Os pontos de saída devem ser balanceados para permitir a saída de
quantidades iguais de ar em cada grelha, devendo obrigatoriamente haver uma grelha no piso de des- carga
(pavimento térreo) e uma no último pavimento;
b. os dispositivos de ajuste e balanceamento das grelhas de insuflamento não podem permitir alterações, mesmo que acidentais,
após montagens e testes, a não ser por pessoal técnico capacitado.
a. deve ser assegurado o
fornecimento de energia elétrica para o sistema de pressurização e de segurança
existente na edificação durante o incêndio, de modo a garantir
o funcionamento e permitir o
abandono seguro dos ocu- pantes da edificação.
b. O edifício deve possuir
um sistema de fornecimento de energia de emergência por meio de um grupo motogerador
automatizado, de acordo com as Normas Técnicas Oficiais, com autonomia
de funcionamento de acordo com os critérios do Anexo B desta IT e acionado
automaticamente quando houver interrupção no fornecimento de energia normal
para o sistema de pressurização;
c. os demais sistemas de emergência (tais como iluminação
de emergência, registros corta-fogo, bombas
de pressurização hidráulicas de incêndio, elevadores de segurança etc.), podem ser alimentados pelo mesmo grupo motogerador automatizado;
d. o comando
elétrico, de início de funcionamento do grupo
motoventilador, na situação
de emergência, deve se
dar a partir de um sistema automático de detecção de fu- maça, cuja instalação é exigida nos locais citados
no item 5.2.4 letra (e), Anexo B desta
IT e IT 19;
e. as instalações
elétricas devem estar de acordo com a NBR 5410/04;
f. os circuitos elétricos do sistema de pressurização, devem ser acondicionados de forma a garantir a operação do sis- tema conforme
tempo preconizado nesta
IT. Se os circui- tos
elétricos do sistema de pressurização passarem por áreas de risco, aparentes ou
embutidas em forros sem resistência contra incêndio, devem ser protegidos contra a ação do calor do incêndio, pelo tempo de utilização do grupo motogerador automatizado;
g. quando a edificação for isenta de grupo motogerador, de- verá ser prevista
uma alimentação independente do con- sumo geral, de forma a permitir o desligamento geral da energia, sem prejuízo do funcionamento
do sistema de pressurização da escada.
a. considerando-se a diversidade de condições a que o sistema é submetido,
para manter um diferencial de pressão
adequado, quando todas
as PCF estiverem fechadas e a
velocidade mínima necessária, referida à condição padrão do ar, por meio das PCF consideradas na condição abertas,
deve ser previsto registro de sobrepressão, ou damper motorizado acionado por
sensor diferencial de pressão, a fim de
impedir que a pressão se eleve acima de 60 Pa, quando todas as PCF estiverem
fechadas;
b. esse registro
é colocado entre um espaço
pressurizado e um espaço
interno ou externo,
desde que haja garantias
de funcionamento, considerando-se a influência da ação
dos ventos. Esse registro deve ser posicionado fora das áreas de risco e
afastados de acordo com o Anexo E desta IT;
c. alternativamente ao registro de sobrepressão, podem
ser adotados sistemas que modulem a capacidade dos ventiladores
de pressurização (variador de
frequência do motor), sob comando de um controlador de
pressão com sensor instalado no interior da escada pressurizada;
d. para sistemas de
pressurização que se utilizam 2 con- juntos motoventiladores, um funcionando
como reserva do outro, deve ser instalado
no sistema de dutos, um dis-
positivo automático que identifique a parada de um grupo motoventilador e possibilitar o imediato
acionamento do outro;
e. orienta-se que, quando se utilizar registros (dampers) nas descargas dos ventiladores, suas lâminas sejam posicionadas de forma perpendicular ao eixo do ventilador, como forma
de diminuir o chamado “efeito do sistema”;
f. sistemas de controle também devem ser aplicados nos trechos de escadas situados
em subsolos, quando
existir a descontinuidade no piso de descarga (térreo) todavia, deve-se ter a precaução de que aberturas não sejam uti- lizadas para os pavimentos
enterrados, devendo-se dar preferência para instalação de registros de sobrepressão
localizados no nível térreo ou,
então, de variador de fre- quência ou similar.
a. o sistema principal para acionamento do sistema de pres-
surização, na situação
de emergência, deve ser o de detecção automática de fumaça, pontual ou linear. Em todos os
edifícios, deve haver tal sistema, no mínimo, no hall interno de acesso à escada pressurizada e nos seus corredores
principais de acesso, dimensionados conforme IT 19
- Sistemas de detecção e alarme de incêndio;
Observação:
Todos os ambientes
ou halls que possuem acesso
direto à escada
pressurizada devem possuir
sistema de detecção de fumaça.
b. nos edifícios em que os detectores de fumaça foram
ins- talados apenas para acionar a situação de emergência do sistema de pressurização, esse detector deve ser posici- onado no lado de menor pressão
de todas as PCF de co-
municação entre a escada pressurizada e o espaço
adjacente, nos locais indicados no Anexo B desta IT;
c. a instalação do
detector de fumaça dentro do espaço pressurizado não é aceitável;
d. o uso do sistema de
detecção não isenta o uso do sis- tema de alarme
manual, sistema de chuveiros automáti- cos ou outro sistema de prevenção ou combate a incên-
dios.
Observações:
1)
A existência de sistema
de chuveiros automáticos ou outro sistema
de combate a incêndios não isenta a necessidade de
instalação de sistema de detecção e alarme,
como forma principal de acionamento do sistema de pressurização;
2)
O treinamento da brigada
de combate a incêndios e a elaboração de plano de abandono
e emergências, para a plena utilização do sistema de detecção e alarme, devem ser elaborados e
constantemente avaliados.
e. procedimentos devem ser adotados
no sentido de se tes- tar o sistema de alarme de incêndio,
sem necessaria- mente operar o sistema de pressurização de escadas;
f. a instalação dos
detectores automáticos ou acionadores manuais de alarme devem seguir as
orientações do Corpo de Bombeiros Militar e, subsidiariamente, o que preceitua
a IT 19;
g. o painel
da central de comando de alarme/detecção deve sinalizar o setor atingido, não
sendo permitido que um laço de alarme/detecção supervisione mais de um pavi-
mento; todas as indicações da central de alarme/detecção devem ser informadas
na língua portuguesa;
h. qualquer sinal de alarme
ou defeito deve ser interpretado pela central de alarme/detecção como alarme e deve aci- onar o sistema de pressurização, sendo
que não é permi- tido, por
meio da central de alarme, realizar o desligamento do sistema de pressurização, respeitadas as con- siderações
dos itens seguintes;
i. o sistema de
pressurização deve ser acionado imediata- mente quando a central de alarme e detecção de incêndio
receber sinal de ativação do detector de fumaça/calor e/ou acionador
manual de alarme
de incêndio instalados na edificação. O funcionamento de motoventiladores não pode depender da ativação dos dispositivos sonoros, cujo retardo
pode causar a contaminação da escada pela fu- maça oriunda do incêndio; dessa
forma, o sistema de alarme e detecção de incêndio deve ativar o sistema de
pressurização antes mesmo
do reconhecimento do sinal
de alarme pela pessoa responsável pela vigilância;
j. o detector de fumaça instalado na sala dos motoventiladores deve possuir laço exclusivo e independente (ou simi-
lar) dos demais e funcionar de forma diferenciada, ou seja, ao ser acionado,
deve inibir o acionamento do sistema de pressurização;
k. somente é aceito, para garantia do sistema de pressurização, sistemas
com acionadores manuais que sejam su- pervisionados
pela central de alarme e detecção, de acordo com os critérios estabelecidos na
IT 19;
l. a lógica do sistema deve contemplar a necessidade de se
evitar que o sistema de pressurização da escada entre em funcionamento automaticamente em caso da existên-
cia real de fumaça no interior do compartimento que abriga o conjunto
motoventilador, proveniente de um incêndio em suas adjacências. Dessa forma,
devem ser adotados mecanismos adequados que impeçam que o falso alarme
desative o funcionamento do conjunto moto-ventilador. O monitoramento através do sistema de detec-
ção de fumaça desse compartimento deve ser realizado através de um laço exclusivo e independente (ou similar)
em relação aos demais detectores de fumaça e aciona- dores manuais de alarme da
edificação;
m. o sistema de detecção deve ser submetido aos testes de acordo com a IT 19, e também com as
interferências da pressurização, quando o sistema for de 2 estágios. Deve- se apresentar o laudo de teste do
sistema de detecção, quando da solicitação da vistoria junto ao Corpo de Bom- beiros Militar; comprovando que foram realizados os tes- tes de acordo com a referida
norma, bem como, o devido recolhimento do comprovante de
responsabilidade téc- nica;
n. é permitido o uso de destravadores eletromagnéticos para PCF de acesso
à escada pressurizada, sendo que o seu circuito deve ser ligado
à central de comando do sis-
tema de detecção e alarme. O sistema deve permitir ainda o destravamento manual
por meio da central de co-
mando do sistema de alarme, ou manualmente na própria
PCF. Esse sistema
tem a função de destravar a PCF au- tomaticamente na falta de energia elétrica
ou quando aci- onado o sistema de pressurização de
escadas;
o. o tempo máximo de fechamento das PCF de acesso à escada pressurizada, onde houver destravadores eletro- magnéticos, deve ser de 30 s;
p. os acionadores manuais de alarme, de forma comple- mentar (e nunca substitutiva),
devem sempre permitir o acionamento do sistema de pressurização em situação de
emergência;
q. um acionador remoto manual, do sistema de pressuriza-
ção,
deve sempre ser instalado em cada local abaixo des-
crito:
1) Na sala de controle central de
serviços do edifício (desde que possua fácil comunicação com todo o edifí-
cio) ou na portaria ou guarita de entrada do edifício com vigilância permanente;
2) No compartimento do grupo
motoventilador e seus acessórios, se este for distante
da sala de controle cen- tral;
r. a parada do sistema de pressurização, em situação de emergência, somente
pode ser realizada de modo ma- nual.
a. no dimensionamento do sistema de pressurização devem
ser previstas áreas de escape de ar para o exterior
da edificação, de preferência utilizando-se de aberturas em pelo
menos duas de suas faces.
Tais aberturas em cada
pavimento devem proporcionar, no total, um mínimo de vazão correspondente a 15% da vazão volumétrica média que
escapa de uma PCF aberta (com velocidade de 1 m/s). Para tanto, o projetista
deve adotar uma das alternativas abaixo:
1) Método do escape
de ar por janelas;
2) Método do escape de ar através de aberturas especiais no perímetro do
edifício, que permanecem normalmente fechadas, na condição normal de uso da edifica- ção, e funcionem no caso de
ativação do sistema de pressurização;
3) Método do escape de ar através de dutos verticais, desde que não comprometa a compartimentação vertical exigida para a edificação. As
aberturas devem ser protegidas nos moldes
do especificado na IT 09 - Compartimentação horizontal e
compartimentação vertical;
4) Método do escape de ar através de extração mecânica, seguindo critérios adotados
na IT 09 e IT 15 - Controle de fumaça;
5) Outro método, a critério do
projetista, desde que seja possível comprovar o desempenho e não haja prejuízo
às demais medidas de segurança
exigidas para a edifi-
cação, como por exemplo, compartimentação vertical, entre outras.
b. nos edifícios onde haja necessidade de sistema de escape do ar de pressurização, baseado
na operação auto- mática dos dispositivos instalados para esta finalidade, o sinal que opera tais dispositivos deve ser o mesmo que aciona o grupo motoventilador no estágio de emergência.
Sensores independentes, que acionem apenas
os dispositivos de escape,
não são permitidos;
c. todo equipamento acionado automaticamente para proporcionar o escape do
ar de pressurização do edifício, caso exista, deve ser incluído
nos procedimentos de ma-
nutenção.
a. todo equipamento de pressurização deve ser submetido a
um processo regular de manutenção,
que inclui: o sistema de detectores de fumaça ou qualquer outro tipo
de sistema de alarme de incêndio
utilizado, o mecanismo
de comutação, o grupo motoventilador, suas correias de interligação, dutos (sucção e/ou pressurização) e suas ancoragens e proteções contra incêndio, os sistemas para o fornecimento
de energia em emergência, portas corta-fogo e o equipamento do sistema de
escape do ar acionado automaticamente. Os cuidados com esses equipamentos devem ser incluídos no programa de manutenção
anual do edifício e devem ser apresentados quando da solicitação de vistoria. Esses cuidados são de inteira
responsabilidade do proprietário da edificação e/ou seu representante
legal (como exemplo o síndico);
b. todos os sistemas de emergência devem ser colocados em operação
semanalmente, a fim de garantir
que cada um dos grupos motoventiladores de pressurização esteja funcionando;
c. sistemas que se utilizam
de duplicidade de motores, condições devem ser dadas para o teste
individualizado;
d. os diferenciais de
pressão devem ser verificados anualmente, podendo ser prevista a instalação permanente de equipamentos para esta finalidade. Uma lista de verificações dos procedimentos de manutenção deve ser fornecida aos proprietários do edifício ao final das obras, pelos responsáveis da instalação do sistema, com manuais em português.
5.4.1 Acionamento do sistema de pressurização
5.4.1.1
O acionamento do sistema de pressurização
deve es-tar em conformidade com o item 5.3.7 desta IT, podendo
haver a interligação com outros sistemas automáticos de combate,
permitindo de forma secundária, o acionamento do sistema.
5.4.2.1
Serão aceitos
projetos com dutos conjugados de pres-
surização de escadas e controle de fumaça (para entrada de ar), desde que atendam as respectivas demandas concomitan-
temente.
5.5.1 Aspectos gerais
a. um teste de fumaça não é satisfatório para se determinar o correto funcionamento de uma
instalação de pressuri- zação, visto que não se pode garantir
que todas as con- dições climáticas adversas possam
estar presentes no momento da execução do teste. Entretanto, esse teste pode,
às vezes, revelar trajetórias indesejáveis de fluxo da fumaça provocadas por
defeitos na construção.
b. o teste de aprovação da pressurização deve consistir de:
1) Medição do diferencial de pressão entre a escada e os espaços não pressurizados adjacentes
com todas as PCF fechadas;
2) Medição da velocidade do ar que
sai de um conjunto representativo (de acordo com estipulado no cálculo) de PCF
abertas que, quando fechadas,
separam o es- paço pressurizado dos recintos ocupados do edifício.
c. o teste deve ser feito quando
o edifício estiver
concluído, com os sistemas
de condicionamento de ar e de pressurização balanceados e todo o
sistema pronto e funcio- nando, com cada componente operando satisfatoria-
mente e sendo controlado pelo sistema de
acionamento no seu modo correto de operação em emergência. As medições
efetuadas em campo devem seguir as recomendações da AMCA 203, pela literatura Field
Performance Measurement of Fan System.
d. nos sistemas com 2 estágios são exigidas medições ape- nas com o segundo estágio
operando (estágio de emer- gência);
e. O sistema de detecção deve ser submetido aos testes, de acordo com a IT 19, e também considerando as interfe- rências da pressurização, quando o sistema for de 2 estágios.
a. a medição
dos diferenciais de pressão, entre
os espaços pressurizados e os espaços
não pressurizados adjacen- tes, deve ser feita com o auxílio
de um manômetro de lí- quido
ajustável ou outro instrumento sensível
e adequadamente calibrado;
b. um local conveniente para medir o diferencial de pressão
é por meio de uma PCF fechada. Pequenas sondas são colocadas de cada lado da PCF, sendo que uma das sondas
passa através de uma fresta da PCF, ou por baixo dela. As duas sondas,
a seguir, são ligadas ao manômetro
por meio de tubos flexíveis. É importante que o tubo que passa através da fresta
da PCF, efetivamente, atravesse-a e penetre
suficientemente no espaço,
para que a extremidade livre fique em uma região
de ar parado. Sugere-se que essa sonda tenha
uma dobra em L (de pelo menos 50 mm de comprimento), para que
depois da in- serção através da fresta, a sonda possa ser girada em ângulo reto em relação
à fresta. Este processo introduz
a extremidade livre em uma região de ar parado;
c. é importante que a
inserção da sonda não modifique as características de escape da PCF, por
exemplo, afas- tando a superfície da PCF do rebaixo no batente. A posição
da sonda de medição deve ser escolhida
de acordo com esses critérios.
a. se houver qualquer divergência séria, entre os valores medidos e os
níveis de pressurização especificados, os motivos dessa divergência devem ser detectados e corrigidos. Há 3
razões principais que explicam a não obten- ção do nível de pressurização
projetado:
1) vazão de ar insuficiente;
2) áreas de vazamento para fora do espaço pressurizado,
excessivas;
3) áreas de escape do ar para fora do edifício, insuficien- tes.
b. deve ser medida a vazão de ar dos ventiladores e a vazão
de ar através de todas as grelhas de insuflamento, a fim de se detectar os níveis de escape e o suprimento total
de ar que chega à escada. Para a avaliação
do teste de escape podem ser utilizados os procedimentos previstos no MANUAL SMACNA, HVAC AIR DUCT LEAKAGE
TEST MANUAL ou da Recomendação Técnica DW/143 da Heating and Ventilation
Contractors’ Association (HVAC). Essas medições devem ser efetuadas com as PCF
da escada fechadas, utilizando o
próprio ventilador da instalação;
c. caso a vazão de ar que entra na escada esteja
de acordo com a prevista em projeto, devem ser verificadas as frestas em redor das PCF, dando-se
atenção especial à folga
na sua parte inferior. Se qualquer PCF tiver folgas
inaceitavelmente grandes, estas devem ser reduzidas. Devem ser localizadas, também, áreas de vazamentos adicionais
não previstas, que devem ser vedadas;
d. caso a vazão de ar não
atinja o nível previsto, o escape de ar a partir dos espaços não pressurizados
deve ser examinado para se ter certeza que está em conformidade
com o projeto e as necessidades desta IT. Se for inadequado, o escape deve ser aumentado para os valores
recomendados. Como alternativa, pode ser aumentada a vazão de entrada de ar até o nível
desejado de pressurização a ser atingido, mesmo
diante de escapes adicionais ou de condições insuficientes. O nível de pressurização medido
não deve ser menor que 90% do valor projetado, nem exceder a 60 Pa.
a. essa medida deve ser
tomada com um anemômetro de fio quente ou outro instrumento com resolução e exatidão
adequados e devidamente calibrado;
b. a velocidade média através da PCF aberta deve ser
obtida por meio da média
aritmética de pelo menos 12 medições em pontos
uniformemente distribuídos no vão da PCF, sendo necessárias condições
estáveis de vento e com o edifício vazio;
c. o número
de PCF abertas durante a realização das medições
deve seguir o estabelecido no Anexo B desta IT.
6.1 O responsável técnico pela instalação e/ou manutenção do sistema
de pressurização de escada de segurança deverá anexar o memorial de
comissionamento/inspeção do sistema conforme anexo G desta IT nas solicitações
de emissão e renovação de licença.
Notas:
1) A exigência de sistema de detecção de fumaça para o sistema
de pressurização não isenta a edificação das demais exigências previstas.
2) Conforme item 5.3.1. letra c: “Nos edifícios
residenciais com até 80 m de altura
e escritórios com até 60 m de altura e nos edifícios
escolares com até 30 m de altura,
é permitido o uso de somente um ventilador com um motor. De forma substitutiva, podem ser utilizados
2 grupos motoventiladores, sendo que cada grupo deve, no mínimo, garantir 50% da vazão
total do sistema e 100% da pressão total requerida,
para atuarem especificamente no estágio de
emergência, e em conjunto”.
3) Em edificações com altura superior a 12
m,
do tipo Convento, é exigido
grupo motogerador automatizado.
4) Quando o subsolo necessitar de proteção
por escada à prova de fumaça, conforme IT 11, esta poderá alternativamente ser dotada de sistema de pressurização.
5) Edificações isentas de uso do grupo
motogerador desde que a área
de
cada pavimento seja inferior
a 930 m2.
6) Somente é exigido
“antecâmara de segurança” nos acessos à escada pressurizada, de acordo com item 5.1.6.8
desta IT, para edificações residenciais com altura igual ou
superior a 120 m e demais ocupações com altura igual ou superior a 90 m.
7) Quando a edificação for dotada de elevador de emergência, seus acessos
devem ser protegidos por antecâmara de segurança, conforme descrito no item
5.1.6.7. desta IT, em todos os pavimentos, inclusive para os pavimentos situados
abaixo do piso de descarga; essa antecâmara pode ser dispensada apenas no nível térreo (piso de descarga)
quando este não estiver em local de risco de incêndio, ou seja, esse pavimento seja destinado única e exclusivamente a hall de recepção ou, caso possua loja
ou dependências com carga incêndio, estas devem possuir compartimentação em relação à esse hall.
8) Caso o edifício possua local de reunião de público, adotar o item 5.1.6.4. letra (j) desta IT.
9) Foi considerado que o acesso do
pavimento para a escada
se dá apenas por uma PCF; se o pavimento tiver acesso por duas ou mais PCFs, o cálculo
será pelo nº total de PCFs de acesso multiplicado pelo
nº de pavimentos do cálculo.
10) A previsão de detecção automática de fumaça nos locais descritos
no item I acima não isenta a edificação da instalação desse
mesmo sistema em outros locais que porventura sejam exigidos pelo Regulamento de Segurança contra Incêndio
das edificações e áreas de risco no Estado do Rio Grande do Norte.
11) Toda edificação com altura superior a 150
m deve obrigatoriamente ser
analisada por meio de
Câmara Técnica.
Modelo de cálculo
de vazão do sistema de pressurização de escada
I – Parâmetros para os cálculos de vazão de ar
1)
Quantidade de pavimentos com comunicação com a escada
pressurizada: 18
2)
Quantidade total de portas corta-fogo (PCF) de ingresso
à escada de segurança: NPI = 17 portas
simples
3)
Quantidade total de PCF de saída
da escada de segurança:
NPS = 01 porta simples
4)
Quantidade de PCF abertas a serem consideradas no cálculo para a situação
de emergência (incêndio): NPA = 02 (conforme Anexo
B - Edifício de serviços
profissionais)
5)
Área de vazamento por meio de frestas das portas corta-fogo (PCF) que comunicam a escada pressurizada com os diversos
pavimentos adotando PCF simples e batentes rebaixados. Conforme Tabela 2 do
Anexo A:
a.
0.03 m2 – porta de acesso ao espaço pressurizado
b.
0.04 m2 – porta de saída do espaço pressurizado
6)
Área de passagem de ar por meio do vão de luz de uma porta corta-fogo aberta,
em caso de situação de incêndio
– adotar PCF simples: 1,64 m2 (conforme Tabela 1 do Anexo
A)
7)
Fator de segurança adotados:
a.
15% para vazamentos em dutos metálicos;
b.
25% para vazamentos não identificados.
8)
Velocidade mínima de ar pressurizado escapando através de uma porta aberta:
V = 1m/s
II
- Cálculo do suprimento de ar necessário para se obter o
diferencial de pressão
entre a escada e os ambientes contíguos
1)
Condições consideradas:
a.
situação de emergência (incêndio);
b.
todas as PCF da escada pressurizada fechadas;
c.
diferencial de pressão entre
o espaço pressurizado e os ambientes
contíguos igual a 50 Pa.
2)
Cálculo das áreas de restrição - escape de ar através
de frestas das portas - (A):
a.
dados:
NPI = 17; área de fresta de 0,03m2 para
PCF de ingresso NPS = 01; área de frestas
de 0,04m2 para PCF de saída
b.
cálculo da área de escape
de ar por meio das frestas das PCF de ingresso ao espaço pressurizado (API):
API = 17 x 0,03 m2
API = 0,51 m2
c.
cálculo da área de escape de ar por meio das frestas das PCF de saída
do espaço pressurizado (APS):
APS = 01 x 0,04 m2
APS = 0,04 m2
d.
cálculo da área total de restrição (A): A = API + APS = 0,51 m2 + 0,04 m2 A = 0,55 m2
3)
Cálculo do fluxo
de ar necessário para o sistema
de pressurização considerando as PCF
fechadas - (QFT) Cálculo de QFT:
QFT = 0,827 x A x (P)(1/N)
(Equação 1) sendo
A = área de restrição = 0,55 m2
P = diferencial de pressão = 50 (Pa) (conforme Anexo A da IT)
N = índice
numérico = 2
Portanto, QFT = 0,827 x 0,55 x (50)1/2
III
- Cálculo do suprimento de ar necessário para a condição
de portas abertas
1)
Condições consideradas:
a.
área de passagem de ar por meio do vão de luz de uma porta corta-fogo aberta:
AVL = 1,64 m2;
b.
quantidade de PCF abertas
a serem consideradas no cálculo
para a situação de emergência (incêndio):
NPA = 02
(sendo 1 de ingresso e 1 de saída)
c.
área de passagem de ar por meio das frestas de uma porta
corta-fogo fechada:
APF = 0,03 m2 (portas de ingresso);
d.
quantidade de PCF fechadas
a serem consideradas no cálculo:
NPF = 16
e.
velocidade mínima
de ar pressurizado escapando através
de uma porta aberta:
2)
Cálculo da área aberta
considerando as portas
abertas mais as frestas das PCF consideradas fechadas: APA = AVL x NPA + APF x NPF
APA = 1,64 m2 x 02 + 0,03 x 16
APA =
3,76 m2
3)
Cálculo da vazão de ar através da área aberta (QAT ):
QAT = APA x VPA
QAT = 3,76 m2 x 1,0 m/s QAT = 3,76 m3/s
IV
- Cálculo de vazão
de ar considerando o incremento dos valores referenciais de vazamentos em dutos e vaza-
mentos não identificados
1)
Condições:
a.
fator de segurança quanto ao tipo de duto: dutos metálicos: 15%
b.
fator de segurança para vazamentos não identificados: 25%
2)
aplicação das condições previstas na Equação 4:
QFT < QAT, então QT = QAT QT = 3,76 m3/s
3)
Cálculo da vazão de ar para pressurização com acréscimo dos fatores de segurança:
QTS = QT
x 1,4
[Equação 5 a) item 5.1.6.6]
QTS = 3,76 x 1,4
QTS = 5,26 m3/s
Revoga a Instrução Técnica n° 13,
de 10/08/2018.