PORTARIA N° 46, DE 10 DE FEVEREIRO DE 1998.
(Revogado pela Portaria n° 142, de 24/05/2021)
O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da
atribuição que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, inciso II, da
Constituição Federal, tendo em vista o Regulamento da Inspeção Industrial e
Sanitária dos Produtos de Origem Animal, aprovado pelo Decreto n° 30.691, de 29
de março de 1952, e
Considerando a necessidade de adequação das atividades do Serviço de
Inspeção Federal - SIF aos modernos procedimentos adotados no controle
higiênico-sanitário das matérias-primas e dos produtos de origem animal;
Considerando a necessidade de atendimento aos compromissos
internacionais assumidos no âmbito da Organização Mundial de Comércio e
conseqüentes disposições do Codex Alimentarius, assim como no do
MERCOSUL, resolve:
Art. 1° Instituir o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de
Controle - APPCC a ser implantado, gradativamente, nas indústrias de produtos
de origem animal sob o regime do Serviço de Inspeção Federal - SIF, de acordo
com o MANUAL GENÉRICO DE PROCEDIMENTOS, anexo à presente Portaria.
§ 1° Na implantação do Sistema APPCC, o Serviço de Inspeção Federal -
SIF obedecerá um cronograma especialmente preparado e adotará os
manuais específicos por produto e o de auditoria do Sistema.
§ 2° Os manuais específicos por produto e o de auditoria do Sistema
APPCC serão submetidos à consulta pública com o objetivo de receber sugestões
por parte de interessados, antes de serem aprovados pela Secretaria de Defesa
Agropecuária - DAS.
Art. 2° Incumbir a SDA de instituir Comitês Técnicos com a finalidade de
coordenar e orientar à execução das atividades de implantação do Sistema APPCC
nos estabelecimentos de carne, leite, ovos, mel e produtos derivados, ficando
convalidados os Comitês Técnicos Intersetoriais - CTI, anteriormente
instituídos nos estabelecimentos de pescado e derivados.
Art. 3° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ARLINDO PORTO
MANUAL GENÉRICO DE PROCEDIMENTOS PARA APPCC EM INDÚSTRIAS DE
PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO
SUMÁRIO
Introdução
Objetivos
Campo de Aplicação
Condições Gerais
Definições
Desenvolvimento das Etapas para a Elaboração e Implantação do Plano de
APPCC
Aprovação do Plano de APPCC
INTRODUÇÃO
Modernamente observa-se em todo o mundo um rápido desenvolvimento e
aperfeiçoamento de novos meios e métodos de detecção de agentes de natureza
biológica, química e física causadores de moléstias nos seres humanos e nos
animais, passíveis de veiculação pelo consumo de alimentos, motivo de
preocupação de entidades governamentais e internacionais voltadas à saúde
pública.
Ao mesmo tempo, avolumam-se as perdas de alimentos e matérias-primas em
decorrência de processos de deterioração de origem microbiológica, infestação
por pragas e processamento industrial ineficaz, com severos prejuízos
financeiros às indústrias de alimentos, à rede de distribuição e aos
consumidores.
Face a este contexto, às novas exigências sanitárias e aos
requisitos de qualidade, ditados tanto pelo mercado interno quanto pelos
principais mercados internacionais, o governo brasileiro, juntamente com a
iniciativa privada, vem desenvolvendo, desde 1991, a implantação em
caráter experimental do Sistema de Prevenção e Controle, com base na Análise de
Perigos e Pontos Críticos de Controle- APPCC, do inglês "HAZARD ANALYSIS
AND CRITICAL CONTROL POINTS - HACCP".
Este Sistema é uma abordagem científica e sistemática para o controle de
processo, elaborado para prevenir a ocorrência de problemas, assegurando que os
controles são aplicados em determinadas etapas no sistema de produção de
alimentos, onde possam ocorrer perigos ou situações críticas.
Este Sistema, hoje adotado pelos principais mercados mundiais,
basicamente assegura que os produtos industrializados:
a) sejam elaborados sem riscos à saúde pública;
b) apresentem padrões uniformes de identidade e qualidade;
c) atendam às legislações nacionais e internacionais, no que tange aos
aspectos sanitários de qualidade e de integridade econômica.
Os sistemas tradicionais de Inspeção e Controle da Qualidade, face às
necessidades de melhorarem seu desempenho quanto à eficiência, eficácia e
relevância social na atividade de assegurar a qualidade dos alimentos, dentro
de um sistema de gerenciamento da qualidade do processo industrial, passarão a
utilizar como meio auxiliar este Sistema, que pela sua concepção e filosofia, além
de assegurar os objetivos propostos, torna mais eficaz o Serviço de Inspeção
Federal. Cabe destacar que o APPCC não é um Sistema de Inspeção.
Destaca-se também a exigência dos Estados Unidos e da União Européia, em
seus conceitos de equivalência de sistemas de inspeção, da aplicação de
programas com base no Sistema de APPCC. Nos Estados Unidos, o sistema foi
tornado mandatório, a partir de Janeiro de 1997, para as indústrias cárneas com implementação gradativa.
Dessarte, além de tratar-se de um mecanismo de prevenção e controle que
atinge o segmento de industrialização dos produtos de origem animal, sua
implantação passa a ser imprescindível na reorientação dos programas nacionais
da garantia da qualidade destes produtos para atendimento às exigências
internacionais.
Este Manual pretende contribuir, de forma clara e objetiva, com as
indústrias de produtos de origem animal de grande, médio e pequeno porte,
visando propiciar os benefícios do sistema de APPCC, que entendemos sejam os
seguintes:
a) conferir um caráter preventivo às operações do processo de
industrialização;
b) orientar para uma atenção seletiva nos pontos críticos de controle;
c) sistematizar e documentar os pontos críticos;
d) garantir a produção de alimentos seguros;
e) oferecer oportunidade de incrementar a produtividade e a
competitividade.
O Ministério da Agricultura e do Abastecimento, através do Departamento
de Inspeção de Produtos de Origem Animal, dispõe-se a orientar o planejamento e
a implantação de planos de APPCC nas empresas que industrializam produtos de
origem animal sob Inspeção Federal.
OBJETIVOS
O objetivo deste Manual é fornecer às indústrias sob Inspeção Federal as
diretrizes básicas para apresentação, implantação, manutenção e verificação do
Plano de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle -APPCC,
assegurando que os produtos:
a) sejam elaborados sem perigos à Saúde Pública;
b) tenham padrões uniformes de identidade e qualidade;
c) atendam às legislações nacionais e internacionais sob os aspectos
sanitários de qualidade e de integridade econômica;
d) sejam elaborados sem perdas de matérias-primas;
e) sejam mais competitivos nos mercados nacional e internacional.
CAMPO DE APLICAÇÃO
Este Manual, elaborado de acordo com os princípios do Sistema
APPCC, aplicase aos estabelecimentos de produtos de origem animal que
realizam o comércio interestadual e/ou internacional.
A inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal tem seus
fundamentos técnico-científicos e jurídicos, procedimentos e mandamentos
administrativos inseridos em lei específica, mais precisamente Lei 1283, de
18/12/50 (D.O.U. de 19/12/50).
Esta lei, por sua vez, dá lastro aos Decretos 30.691, de 20/3/52 e 1255,
de 25/6/62, o primeiro, aprovando o Regulamento da Inspeção Industrial e
Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) e o segundo, alterando-o. Mais
recentemente, a Lei 7889, de 23/11/89 (D.O.U. de 24/11/89), além de disciplinar
as sanções relativas às infrações à legislação dos produtos de origem animal, veio
redefinir as áreas de competência da União, dos Estados e dos Municípios na
fiscalização dos produtos em tela.
Conforme dispõem estas leis, a União, mais especificamente, o Ministério
da Agricultura, através do seu órgão especializado (DIPOA), tem a competência
da inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal nos
estabelecimentos que realizam o comércio interestadual e internacional,
enquanto que, para os estabelecimentos que realizam o comércio intermunicipal e
municipal, a competência dessa inspeção é, respectivamente, das unidades da
Federação e dos Municípios.
CONDIÇÕES GERAIS
Para a implantação do Sistema de APPCC na indústria sob inspeção
federal, alguns requisitos são básicos:
Sensibilização para a Qualidade
O dirigente da empresa deve estar sensibilizado para os benefícios e
dificuldades relativos às mudanças de comportamento necessárias ao sucesso, na
adoção da gestão pela qualidade em sua empresa.
Comprometimento da Direção da Empresa com o Plano Para que o Sistema de
APPCC tenha sucesso, a Direção da empresa deve estar comprometida com o plano.
Esse comprometimento implica conhecimento dos custos e benefícios, decorrentes
da implantação do mesmo, incluindo também a necessidade de investimento na
educação e na capacitação do corpo funcional com relação ao Sistema de APPCC.
Capacitação
Implica na elaboração de um programa de educação e treinamento nos
princípios de APPCC, envolvendo todo o pessoal responsável, direta e
indiretamente, pelo desenvolvimento, implantação e verificação (Auditoria
Interna do Programa).
Implantação e Execução
A empresa deve fornecer as condições previstas neste Manual para que o
Sistema de APPCC seja implantado e cumprido. Os procedimentos de controle da
qualidade, baseados no APPCC, devem ser específicos para cada indústria e cada
produto.
Responsabilidade
É de responsabilidade da Direção-Geral e do nível gerencial das
empresas assegurar que todo o corpo funcional esteja conscientizado
da importância da execução das atividades do Programa ou Plano de APPCC.
DEFINIÇÕES
Sistema APPCC
É um sistema de análise que identifica perigos específicos e medidas
preventivas para seu controle, objetivando a segurança do alimento, e contempla
para a aplicação, nas indústrias sob SIF, também os aspectos de garantia da
qualidade e integridade econômica.
Baseia-se na prevenção, eliminação ou redução dos perigos em todas as
etapas da cadeia produtiva.
Constitui-se de sete princípios básicos, a saber:
1. identificação do perigo;
2. identificação do ponto crítico;
3. estabelecimento do limite crítico;
4. monitorização;
5. ações corretivas;
6. procedimentos de verificação;
7. registros de resultados.
Perigo
Causas potenciais de danos inaceitáveis que possam tornar um alimento
impróprio ao consumo e afetar a saúde do consumidor, ocasionar a perda da
qualidade e da integridade econômica dos produtos. Genericamente, o perigo é
qualquer uma das seguintes situações:
- presença inaceitável de contaminantes biológicos, químicos
ou físicos na matéria-prima ou nos produtos semi-acabados ou acabados;
- crescimento ou sobrevivência inaceitável de microrganismos patogênicos
e a formação inaceitável de substâncias químicas em produtos acabados ou semiacabados,
na linha de produção ou no ambiente;
- contaminação ou recontaminação inaceitável de produtos
semi-acabados ou acabados por microrganismos, substâncias químicas ou materiais
estranhos;
- não conformidade com o Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) ou
Regulamento Técnico estabelecido para cada produto.
Risco
É a probabilidade de ocorrência de um perigo à saúde pública, de perda
da qualidade de um produto ou alimento ou de sua integridade econômica.
Análise de Risco
Consiste na avaliação sistemática de todas as etapas envolvidas na
produção de um alimento específico, desde a obtenção das matérias-primas até o
uso pelo consumidor final, visando estimar a probabilidade da ocorrência dos
perigos, levandose também em consideração como o produto será
consumido.
Ponto de Controle
Qualquer ponto, operação, procedimento ou etapa do processo de
fabricação ou preparação do produto que permite controle de perigos.
Ponto de Controle Crítico (PCC)
Qualquer ponto, operação, procedimento ou etapa do processo de
fabricação ou preparação do produto, onde se aplicam medidas preventivas de
controle sobre um ou mais fatores, com o objetivo de prevenir, reduzir a
limites aceitáveis ou eliminar os perigos para a saúde, a perda da
qualidade e a fraude econômica.
Limite Crítico
Valor ou atributo estabelecido, que não deve ser excedido, no controle
do ponto crítico.
Desvio
Falha no cumprimento ou não atendimento de limite crítico, denotando
este estar sub ou sobrepassado.
Medida Preventiva
Procedimentos ou fatores empregados nas etapas ou processos de produção
que visam controlar um perigo à saúde, de perda da qualidade de um produto ou
alimento ou de sua integridade econômica.
Monitorização
Seqüência planejada de observações ou medições devidamente registradas
para avaliar se um PCC está sob controle.
Ações Corretivas
Ações a serem adotadas quando um limite crítico é excedido.
Verificação
Uso de métodos, procedimentos ou testes, executados sistematicamente
pela empresa, para assegurar a efetividade do programa de garantia da qualidade
com base no sistema de APPCC aprovado.
Plano APPCC
Documento escrito que descreve os procedimentos e os compromissos a
serem assumidos pela indústria de produtos de origem animal, através do
programa de controle de qualidade dinâmico, fundamentado nos princípios do
Sistema APPCC.
Leiaute (Lay-out)
Distribuição física de elementos num determinado espaço, dentro de um
ambiente industrial.
Diagrama Operacional
É uma representação gráfica de todas as etapas operacionais, em
seqüência ordenada, na elaboração de cada produto.
Fluxograma da Produção
É a esquematização seqüencial e o memorial descritivo detalhando as
etapas do processo de elaboração do produto.
Organograma
É uma representação gráfica ou diagrama que mostra as relações
funcionais entre os diversos setores da empresa.
Árvore decisória para identificação do PCC
Seqüência lógica de questões para determinar se a etapa do processo é um
PCC.
Garantia da Qualidade
Todas as ações planejadas e sistemáticas necessárias para prover a
confiabilidade adequada de que um produto atenda aos padrões de identidade
e qualidade específicos e aos requisitos estabelecidos no sistema de
APPCC.
Controle da Qualidade
Consiste nas técnicas operacionais e ações de controle realizadas em
todas as etapas da cadeia produtiva, visando assegurar a qualidade do produto
final.
Lote
Uma coleção de unidades específicas de uma matéria-prima ou produto com
características uniformes de qualidade, tamanho, tipo e estilo, tão
uniformemente quanto possível, identificado de forma comum e única, sempre
produzido durante um ciclo de fabricação ou não mais de um período de produção.
Limite de Segurança (ou operacional)
Valor ou atributo mais estreito ou restrito que o limite crítico e que é
parâmetro utilizado para reduzir o risco.
DESENVOLVIMENTO DAS ETAPAS PARA ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE
APPCC
O Plano APPCC é desenvolvido por meio de uma seqüência lógica de etapas,
assim distribuídas:
1ª ETAPA - Formação da Equipe
2ª ETAPA - Identificação da Empresa
3ª ETAPA - Avaliação dos Pré-requisitos
4ª ETAPA - Programa de Capacitação Técnica
5ª ETAPA - Seqüência lógica de Aplicação dos Princípios do APPCC
6ª ETAPA - Encaminhamento da Documentação para Avaliação pelo DIPOA
7ª ETAPA - Aprovação, Implantação e Validação do Plano APPCC
DESENVOLVIMENTO DAS ETAPAS PARA A ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE
APPCC
1ª ETAPA - Formação da Equipe responsável pela elaboração e implantação
do Plano de APPCC
Dentro de um estabelecimento industrial, o primeiro passo para
desenvolver um plano de APPCC é a organização de uma equipe responsável pela
sua elaboração e implantação. A referida equipe deve ser constituída de pessoal
que esteja familiarizado com os produtos, seus métodos de elaboração e com o
estabelecimento produtor.
Essa equipe deve ser selecionada cuidadosamente. Seus possíveis
integrantes podem incluir: gerente, microbiologistas, compradores, técnicos
especializados, capatazes, chefes de seções específicas e operários,
coordenados por um responsável técnico do controle da qualidade,
devidamente capacitado em APPCC.
Deve-se ressaltar, ainda, que os integrantes da equipe devem ser pessoas
com grande poder de convencimento, liderança e capacidade de multiplicação dos
conhecimentos obtidos e formadores de opinião, de modo a possibilitar a
penetração dos conceitos contidos no programa nos diversos setores do
estabelecimento industrial e a facilitar a sensibilização de todo o corpo
funcional para a importância desse plano.
2ª ETAPA - Identificação da Empresa
A - Identificação Completa da Empresa
Na apresentação do plano APPCC deverão constar as seguintes informações:
- Nome da empresa responsável (razão social);
- endereço completo (localização, CEP, fone, fax, telex, caixa postal);
- no de registro no SIF;
- categoria do estabelecimento;
- relacionar produtos elaborados;
- destino da produção:
. mercado nacional;
. mercado internacional (países importadores).
B - Organograma da Empresa
A organização do estabelecimento industrial deverá ser apresentada em
forma de diagrama, com indicação dos setores que efetivamente participam do
desenvolvimento, implantação e manutenção do Plano de APPCC. Na elaboração do
organograma, o posicionamento do Setor de Garantia da Qualidade deverá estar
diretamente ligado à Direção-Geral da Empresa.
. Definição das funções e atribuições dos membros integrantes do
organograma Na implantação de um plano de APPCC, a clara definição das funções
e atribuições dos responsáveis pela elaboração, implantação, acompanhamento e
revisão do programa é de fundamental importância, como apresentado a seguir:
. Direção Geral
Responsável da empresa, que deve estar comprometido com a implantação do
plano de APPCC, analisando-o e revisando-o sistematicamente, em conjunto com o
pessoal de nível gerencial.
. Pessoal de nível gerencial
Responsável pelo gerenciamento dos diversos processos da empresa,
incluindo produção, compras, vendas e garantia da qualidade, participando da
revisão periódica do plano junto à Direção Geral. Responsável pela implantação
do Plano de APPCC
Subordinado diretamente à Direção-Geral, que deve elaborar¸ implantar,
acompanhar, verificar e melhorar continuamente o processo.
É muito importante ressaltar ainda que, na implantação do Plano de
APPCC, é fundamental a participação e o envolvimento de todas as pessoas dos
diferentes setores da empresa no desenvolvimento do programa. A integração dos
setores e a conscientização das pessoas quanto à sua importância é essencial
para o sucesso do mesmo.
Visando assegurar a eficiência do Plano, algumas exigências são
necessárias:
a) Relativas ao técnico:
- estar motivado para a importância do Plano de APPCC e totalmente
comprometido com seus resultados, evidenciados no desempenho de suas funções e
atribuições durante a execução de todo o processo;
- possuir experiência comprovada no setor industrial de laticínios e
demonstrar conhecimento em conceituação do Plano de APPCC, tecnologia de
processamento de produtos lácteos, procedimentos de higiene e sanitização,
análise sensorial, noções básicas de microbiologia, métodos de avaliação físico-química
e planos de amostragem;
- ter perfil multiplicador, de modo a repassar para outros participantes
do corpo técnico todo o conhecimento obtido durante a fase de capacitação (3a
etapa);
- ter poder de decisão diante de todos os aspectos técnicos do plano;
- ser o elemento de contato direto para os assuntos referentes ao Plano
junto à Direção-Geral da Empresa e ao Serviço de Inspeção Federal;
- ter formação universitária ou técnica compatível com o exercício
dessas funções.
b. Relativas à Empresa:
- possibilitar total acesso do técnico à Direção-Geral e prover todo o
apoio necessário para a execução de suas atividades;
- promover a capacitação do técnico, comprometendo-se em investir
continuamente em treinamentos específicos para o desempenho de suas funções;
- promover eventos de sensibilização de modo a conscientizar o corpo
funcional da importância da implantação e desenvolvimento do plano de APPCC.
3ª ETAPA
- Avaliação dos Pré-requisitos para o Sistema APPCC
Nesta fase, a equipe de trabalho responsável pela elaboração do plano
deverá realizar estudos visando analisar a situação do estabelecimento e traçar
a estratégia para alcançar os objetivos finais.
Em verdade, estes pré-requisitos referem-se a aspectos que na
maior parte já foram disciplinados pelo DIPOA ou estão em fase de disciplinamento e
que, na prática, são controlados nos estabelecimentos sob inspeção federal. A
inclusão neste Manual representa tão somente uma chamada com referência a sua
importância dentro do Sistema APPCC.
Assim, os seguintes aspectos devem ser analisados:
1. Leiaute (Lay-out) do estabelecimento
O objetivo deste estudo é fazer um diagnóstico da estrutura física
existente, sua adequabilidade aos processos dos produtos elaborados,
identificando possíveis ocorrências de contaminações cruzadas.
1.1 Recepção
Neste item, a equipe de trabalho deve analisar possíveis alterações das
matérias-primas em decorrência do tempo de espera para descarga e da infraestrutura existente
para o desenvolvimento dos trabalhos.
1.2 Estocagem da matéria-prima
No local de estocagem deve-se estudar não só a organização das matériasprimas e
as facilidades da realização da inspeção visual, como também as possíveis
flutuações de temperatura que possam acarretar prejuízos à
qualidade.
1.3 Fase de preparação da matéria-prima
Entende-se por fase de preparação da matéria-prima qualquer etapa do
processo industrial em que o produto sofra algum tipo de manipulação.
Nesta etapa, a equipe deve centralizar a atenção na temperatura
ambiental, nas possíveis alterações sofridas pelas matérias-primas com relação
ao tempo de espera nas diferentes fases tecnológicas da produção, nos
equipamentos envolvidos e suas possíveis implicações com a qualidade
higiênico-sanitária do produto final.
1.4 Localização dos setores de estocagem de embalagens, ingredientes
e aditivos
Também, nestes setores, deve-se atentar para as possíveis alterações
sofridas pelos produtos em decorrência de condições inadequadas de estocagem.
1.5 Setor de elaboração
O enfoque deve ser dirigido aos riscos de contaminações cruzadas entre
matérias-primas e ingredientes destinados a elaboração de produtos com
diferente microbiota. O tempo de retenção do produto em processo e a
temperatura de manutenção são outros aspectos a serem considerados no controle
do crescimento de microrganismos indesejáveis no produto final.
1.6 Setor de embalagem
A embalagem, em alguns casos, pode carrear microrganismos aos produtos
elaborados, comprometendo a inocuidade dos mesmos. Também as implicações dos
tipos de embalagens na vida de prateleira pretendida para os produtos e as
condições de distribuição e exposição no varejo devem ser consideradas, assim
como o tratamento a que estas embalagens são submetidas antes do uso.
A temperatura ambiente do setor de embalagem, por questão de conforto
dos operários, nem sempre é aquela desejável à proteção dos produtos,
propiciando, algumas vezes, o crescimento de microrganismos. Portanto, nesta
situação, o curto tempo de retenção dos produtos nesta fase do processo é de
suma importância para o controle de germes indesejáveis.
1.7 Estocagem do produto final
É importante considerar, durante a estocagem dos produtos, a
compatibilidade dos mesmos com a temperatura de armazenamento recomendada para
garantir a qualidade higiênico-sanitária desejável. Outro fator deste mesmo
item diz respeito à possibilidade de contaminação cruzada.
1.8 Expedição
Pelas mesmas razões expostas no item 1.6, o trânsito do produto pela
expedição deve ser tão rápida quanto possível, evitando-se assim que
o mesmo sofra algum tipo de alteração. Da mesma forma, devem ser propiciadas
facilidades operacionais visando agilizar o fluxo do produto pelo
setor.
2. Manutenção das instalações
Além dos aspectos relacionados com a manutenção das instalações
propriamente ditas e suas implicações na higiene ambiental, a natureza do
material utilizado na construção de pisos, paredes e teto, considerando a
eficiência dos procedimentos de limpeza e sanificação, deve receber
especial atenção da equipe responsável pela elaboração e implantação do plano
APPCC.
A distribuição dos equipamentos acessórios (redes de água, vapor e frio)
na área industrial não deve estar disposta sobre equipamentos utilizados no
processamento de alimentos para evitar possíveis fontes de contaminação,
principalmente quando são utilizados equipamentos abertos na industrialização
dos produtos.
A disposição da rede coletora de águas residuais também deve ser
analisada, particularmente quanto à distância entre os ralos, à disposição dos
equipamentos e ao fluxo dessas águas.
3. Equipamentos
A natureza dos equipamentos, as características das superfícies que
entram em contato com os produtos, a possibilidade de transferência de odores
aos alimentos, as facilidades de montagem e desmontagem com vistas aos
procedimentos de limpeza, sanificação e as dificuldades para inspeção
visual são aspectos a serem considerados visando à elaboração e implantação do
plano APPCC.
4. Água de abastecimento
Um dos mais importantes aspectos envolvidos na produção de alimentos é,
sem dúvida, a qualidade da água de abastecimento, além do
controle da qualidade e quantidade do gelo utilizado. Os aspectos
físico-químicos e a qualidade microbiológica, a origem da água utilizada, sua
vazão (se for o caso) e a capacidade de estocagem devem ser analisadas com
relação às necessidades dos diferentes processos industriais.
5. Saúde dos operários e hábitos higiênicos
Os manipuladores de alimentos são, muitas vezes, responsáveis pela
veiculação aos alimentos de microrganismos causadores de enfermidades ao homem.
As condições de saúde dessas pessoas, a higiene pessoal (roupas, cabelos,
unhas, etc.) e os hábitos higiênicos (antes, durante e após os trabalhos, ao
sair e ao retornar ao serviço, após a utilização de sanitários, antes e depois
das refeições) são fatores que devem ser considerados com vistas à elaboração
do plano. A educação sanitária deve ser voltada à manutenção de hábitos e
atividades higiênicas, treinamento sistemático do pessoal e condições de saúde
do pessoal.
Os operários devem ser examinados periodicamente por serviço médico e
serem certificados como aptos a manipular alimentos.
6. Controle de insetos e roedores
É notório que insetos e roedores podem comprometer a higiene dos
alimentos.
Assim, o desenvolvimento de um programa de combate a insetos e roedores
é outra medida preparatória à implementação do plano APPCC.
Deve constar do plano:
1. memorial descritivo do processo;
2. produtos químicos empregados e seus respectivos antídotos;
3. empresa responsável (no caso de terceiros) e responsabilidade
técnica;
4. planta de situação do estabelecimento com identificação dos locais de
colocação de produtos (área externa) e armadilhas (áreas internas);
5. modelos de relatórios de controles e providências.
7. Limpeza e sanificação
A elaboração de um programa de limpeza e sanificação, envolve múltiplos
fatores relacionados, não só com as instalações e equipamentos, mas também com
o tipo de resíduo a ser removido, observadas as especificações e propriedades
dos agentes de limpeza e sanificação, freqüência de aplicação e critérios
utilizados na avaliação deste plano.
Deve constar do plano a relação dos produtos empregados com as
respectivas autorizações de uso pelo DIPOA e, ainda, métodos de controle de
limpeza de superfície.
8. Aferição dos instrumentos
A aferição periódica dos instrumentos de controle de temperatura, peso e
outros parâmetros relacionados com os padrões de identidade e qualidade dos
alimentos constitui-se em outro pré-requisito à implantação do plano
APPCC.
9. da matéria-prima e ingredientes
Na produção de alimentos, quando se pretende um produto de
qualidade garantida, é necessário conhecer não somente a microbiota das
matérias-primas e ingredientes envolvidos no processamento, mas também o grau
de contaminação destes mesmos componentes.
10. Procedimentos de recolhimento do produto final
No estabelecimento industrial de produtos de origem animal devem existir
formas para recolhimento do produto final no mercado de sua destinação, através
de um setor ou responsável para assegurar o cumprimento das ações necessárias,
caso sejam detectados problemas para a saúde pública, perda de qualidade ou de
integridade econômica após a distribuição dos produtos.
Nos programas de recolhimento, alguns requisitos são básicos, tais como:
a) a nomenclatura correta dos produtos;
b) as identificações corretas da data de fabricação, do prazo de
validade e das condições de conservação dos produtos;
c) identificação do lote do produto comercializado, que pode ser de um
dia ou do turno da produção, desde que seja obtido sob condições uniformes de
controle a partir do recebimento da matéria-prima;
d) o controle dos canais de distribuição e comercialização;
e) controle dos registros que devem ser arquivados, ordenadamente, por
um período de pelo menos dois anos, após vencido o prazo de validade
do produto;
f) é recomendável que seja colocado na embalagem do produto o telefone
para atendimento ao consumidor.
11. Procedimentos sobre reclamações dos consumidores e/ou importadores
A Empresa deve ter política e procedimentos para resolução das
reclamações dos consumidores e/ou importadores sobre seus
produtos. Deve ser mantido um registro de todas as reclamações e das ações
tomadas pelo setor competente.
Deve haver previsão dos procedimentos para que, quando uma reclamação
gerar dúvidas quanto ao sistema de garantia da qualidade, as atividades
envolvidas no processo de elaboração do produto sejam revistas para aplicação
de ações preventivas, corretivas e incrementação dos procedimentos de
vigilância.
4ª ETAPA - Programa de Capacitação Técnica
Na implantação do plano de APPCC, a empresa deverá garantir condições
para que todas as pessoas sejam capacitadas, facilitando a sua participação em
treinamentos para a sua correta aplicação. A capacitação deve ser de forma
contínua para propiciar atualização e reciclagem de todos os envolvidos.
O conteúdo programático dos treinamentos sobre o sistema de garantia da
qualidade, fundamentados no sistema de APPCC para produtos de origem animal,
deverá abranger preferencialmente:
a) sensibilização para a qualidade;
b) perigos para a saúde pública ocasionados pelo consumo de alimentos de
origem animal;
c) deterioração de alimentos perecíveis;
d) lay-out operacional;
e) programas de higiene;
f) etapas de elaboração e implantação (parte teórica e exercícios
práticos na indústria).
5ª ETAPA - Seqüência lógica de Aplicação dos Princípios do APPCC
Nesta etapa estão listados os doze passos que serão necessários à
implantação da APPCC. Os passos de 6 a 12 referem-se aos sete
princípios básicos do plano.
1º Passo - Reunir a Equipe APPCC, formada nos moldes apresentados na 1ª
etapa;
2º Passo - Descrever o produto;
3º Passo - Identificar o uso pretendido e consumidor do produto;
4º Passo - Construir o diagrama operacional;
5º Passo - Verificar, na prática, a adequação do diagrama operacional;
6º Passo - Listar e identificar os perigos, analisar os riscos e
considerar as medidas preventivas de controle (Princípio 1);
7º Passo - Identificar os PCCs e aplicar a árvore decisória
(Princípio 2);
8º Passo - Estabelecer os limites críticos para cada PCC (Princípio 3);
9º Passo - Estabelecer o sistema de monitorização para cada
PCC (Princípio 4);
10º Passo - Estabelecer as ações corretivas (Princípio 5);
11º Passo - Estabelecer os procedimentos de verificação (Princípio 6);
12º Passo - Providenciar a documentação e estabelecer os procedimentos de
registro (Princípio 7).
DESCRIÇÃO DOS PASSOS:
1º Passo - Reunir a Equipe APPCC
A Equipe APPCC deverá ser reunida após sua capacitação técnica para
definir todos os demais passos para a implantação do plano.
2º e 3º Passos - Descrição, identificação e uso pretendido do produto.
Nestes passos deverão ser providenciadas todas as informações que servem
para descrever, identificar o produto e o uso pretendido. Para isto serão
utilizados os formulários cujos modelos estão nas FIGURAS 1 e 2.
4º e 5º Passos - Construção e verificação prática do diagrama
operacional
O diagrama operacional de cada produto deverá conter todas as etapas do
produto, de forma seqüencial, clara e simples.
Deverão acompanhar o diagrama todas as adições feitas antes, durante e
após o processamento, bem como informações detalhadas de cada etapa do
processo. Uma vez estabelecido o diagrama operacional, deverá ser efetuada uma
inspeção no local, verificando a concordância das operações descritas com o que
foi representado. Isto irá assegurar que os principais passos do processo terão
sido identificados e permitir ajustes quando necessários com base nas
operações verdadeiramente observadas. O diagrama operacional poderá
seguir os modelos das FIGURAS 3 (A, B, C e D).
6º Passo (Princípio 1)
- Listar e identificar os perigos, analisar os riscos e considerar as
medidas preventivas de controle.
A análise dos riscos envolve a listagem e identificação dos perigos que
podem ocorrer em toda cadeia produtiva, além das medidas preventivas de
controle. Uma vez que devem ser considerados todos os aspectos da produção,
desde a obtenção da matéria-prima até o produto final, será necessária uma
análise para cada estabelecimento e para cada produto elaborado.
Todos os perigos identificados, associados a cada etapa do processo,
devem ser listados e sua severidade avaliada (FIGURAS 4, 5 e 6). Os riscos
devem ser analisados em relação à sua importância para a saúde pública
(considerada a ligação epidemiológica do produto em análise com enfermidades
transmitidas por alimentos - ETAs), à perda da qualidade de um produto ou
alimento e à sua integridade econômica. As medidas preventivas para controlar
os perigos identificados devem ser listadas.
Para a elaboração de um produto de qualidade, é fundamental que os
riscos analisados possam ser prevenidos, reduzidos a níveis aceitáveis ou
eliminados.
Na análise dos riscos, a equipe responsável pela elaboração e
implantação do Plano APPCC deve considerar os seguintes pontos:
- Leiaute (lay-out) do estabelecimento industrial para estudo do fluxo
de produção, possibilidade de contaminação cruzada, etc.;
- Formulação: matérias-primas e ingredientes utilizados;
- Técnica de elaboração: práticas de manipulação, programa de higiene;
- Hábitos do consumidor: uso que se espera do produto, baseado na
utilização normal pelo consumidor final;
- Consumidor: pode ser o público alvo em geral ou um segmento particular
da população (crianças, adultos, idosos, enfermos, estabelecimentos industriais
e comerciais, etc.).
Para a análise de riscos, alguns exemplos de perigos podem ser citados:
a) para a saúde pública:
- microrganismos patogênicos ou produtores de toxinas (Salmonella sp, Staphylococcus aureus,
E. coli, Bacillus cereus, , Listeria sp, Clostridium sp,
etc.);
- matérias estranhas (fragmentos de vidro, metais, madeira, plástico,
etc.);
- resíduos orgânicos e inorgânicos: antibióticos, quimioterápicos,
metais pesados, praguicidas, etc.
b) para a perda da qualidade:
- deterioração, rancidez, partículas queimadas.
c) para a integridade econômica:
- adição de água, soro, leitelho, etc;
- supressão de um ou mais elementos e/ou substituição/adição de outros.
Visando ao aumento de volume ou de peso, em detrimento de sua composição normal
ou do valor nutritivo intrínseco.
7º Passo (Princípio 2)
- Identificar os PCCs e aplicar a árvore decisória
A análise dos perigos consiste em fazer uma série de perguntas para cada
etapa de elaboração do produto, usando como referência o diagrama da árvore
decisória para identificação do ponto crítico (FIGURA 7).
As perguntas são respondidas em seqüência e formuladas para cada etapa
do processo de elaboração.
O primeiro procedimento relacionado com a identificação dos pontos
críticos é a elaboração do diagrama operacional do produto, conforme as
determinações constantes nos passos de números 4 e 5.
No diagrama operacional do produto serão identificados os pontos onde os
perigos devem ser prevenidos, reduzidos ao mínimo ou eliminados (FIGURA 8),
pois qualquer perda de controle pode resultar em perigo à saúde pública, perda
da qualidade ou quebra da integridade econômica.
A correta identificação de cada PCC pode ser obtida com o auxílio dos
formulários cujos modelos são apresentados nas FIGURAS 9 (A e B). A seqüência
de passos culmina com a numeração do ponto crítico.
Os perigos que não podem ser controlados no estabelecimento devem ser
listados e identificados conforme o modelo da FIGURA 10.
8º Passo (Princípio 3)
- Estabelecer os limites críticos para cada PCC
Os limites críticos são os valores que separam os produtos aceitáveis
dos inaceitáveis, podendo ser qualitativos ou quantitativos. Como exemplos
podem ser citados:
a) tempo;
b) temperatura;
c) pressão;
d) pH;
e) umidade;
f) atividade de água;
g) acidez titulável;
h) concentração salina;
i) cloro residual livre;
j) viscosidade;
l) preservativos;
m) textura;
n) aroma;
o) peso líquido.
O estabelecimento desses limites deverá ser baseado no conhecimento
disponível em fontes, tais como:
a) Regulamentos e legislação;
b) Literatura científica;
c) Dados de pesquisa oficialmente reconhecidos;
d) Referências de especialistas de indústrias, universidades ou
instituições reconhecidas;
e) Experiências práticas com embasamento científico;
f) Normas internas de cada empresa, desde que atendam aos limites
estabelecidos na legislação.
9º Passo (Princípio 4)
- Estabelecer o sistema de monitorização para cada PCC
A monitorização deve ser capaz de detectar qualquer desvio do
processo (perda de controle) com tempo suficiente para que as medidas
corretivas possam ser adotadas antes da distribuição do produto.
Os principais tipos de monitorização são: observação contínua,
avaliação sensorial, determinação de propriedades físicas, químicas e
microbiológicas, sendo necessário estabelecer a freqüência e o plano
de amostragem que será seguido.
A monitorização é aplicada por meio de observação, análises
laboratoriais ou utilização de instrumentos de medida. Os métodos analíticos
devem ser continuamente validados e os instrumentos aferidos e calibrados.
Os procedimentos de monitorização devem identificar:
a) o que será monitorado;
b) como os limites críticos e as medidas preventivas podem ser monitoradas;
c) com que freqüência a monitorização será realizada;
d) quem irá monitorar;
e) plano de amostragem (específico por cada categoria de alimento).
O responsável pela monitorização deve:
a) ser consciente da importância de sua função;
b) dominar a aplicação de técnicas e métodos;
c) registrar precisamente as informações nos formulários específicos.
Depois de estabelecidos os métodos de monitorização, a equipe de
trabalho deve elaborar formulários de registros das observações, bem como
tabelas ou gráficos para registros dos valores observados. Estes registros
devem estar disponíveis para a verificação interna e para o Serviço de Inspeção
Federal.
10º Passo (Princípio 5) - Estabelecer as ações corretivas
Quando se constatar um desvio nos limites críticos estabelecidos, serão
imediatamente executadas as ações corretivas para colocar o PCC novamente sob
controle.
As ações corretivas devem ser específicas e suficientes para a eliminação
do perigo após a sua aplicação. Dependendo do produto que está sendo elaborado,
as ações corretivas podem ser, por exemplo:
a) recalibrar equipamentos;
b) rejeitar a matéria-prima;
c) reprocessar.
Para cada PCC devem estar estabelecidas uma ou mais ações corretivas,
claramente assinaladas, de tal modo que o operador do processo saiba exatamente
o que fazer e esteja autorizado a adotá-las.
11º Passo (Princípio 6)
- Estabelecer os procedimentos de verificação
Os procedimentos de verificação visam determinar se os princípios do
Sistema APPCC estão sendo cumpridos no plano e/ou se o plano necessita de
modificação e reavaliação, bem como comprovar o funcionamento do Sistema APPCC
e o atendimento da legislação vigente nos aspectos de formulação, padrões
físico-químicos e microbiológicos.
A verificação será executada por pessoas da própria empresa,
independentes da atividade relacionada com os procedimentos de vigilância, ou
por auditores externos, a critério da empresa. A determinação da freqüência dos
procedimentos de verificação é da responsabilidade do dirigente da empresa.
Nos procedimentos de verificação serão observados os seguintes itens:
a) revisão do plano APPCC (pré-requisitos, normas regulamentares,
obediência aos princípios da APPCC, etc.);
b) registros do APPCC;
c) adequação das ações corretivas;
d) controle dos PCCs;
e) revisão dos limites críticos;
f) procedimentos de aferição e calibração de equipamentos e
instrumentos;
g) amostragem e análises físicas, químicas, microbiológicas e sensoriais
para confirmar se os PCCs estão sob efetivo controle;
h) avaliação da execução do plano, sempre que ocorra uma alteração na
técnica de elaboração do produto que, nesta condição, terá de ser reavaliado
pelo Serviço de Inspeção Federal.
12º Passo (Princípio 7)
- Providenciar a documentação e estabelecer os procedimentos de registro
Todos os dados e informações obtidos durante os procedimentos de
vigilância, de verificação, resultados laboratoriais, etc., devem ser
registrados em formulários próprios de cada estabelecimento industrial e,
sempre que possível, resumidos em forma de gráficos ou tabelas. Deve-se registrar,
também, os desvios, as ações corretivas e as causas dos desvios. Como exemplos
de registros, podem ser citados:
a) Controle de cloração da água de abastecimento;
b) Inspeção de matéria-prima;
c) Tempo e temperatura;
d) Inspeção do produto;
e) Pesagem;
f) Registro dos programas de treinamento de pessoal.
Os registros devem estar acessíveis, ordenados e arquivados
durante umb período de pelo menos dois anos após o vencimento do
prazo de validade dos produtos comercializados.
Os formulários a serem utilizados para os registros deverão compor o
Plano APPCC.
6ª ETAPA
- Encaminhamento da Documentação para Avaliação pelo DIPOA
Após a elaboração do plano APPCC, a empresa remeterá ao DIPOA, através
da representação estadual do órgão, em 2 vias, datilografadas ou em
disquete:
- Requerimento ao Sr. Diretor do DIPOA, solicitando análise e
aprovação do plano;
- Identificação e organograma da empresa com definições das funções e
atribuições dos colaboradores, com apresentação dos currículos do pessoal de
nível médio e superior em cargos de chefia;
- Leiaute (lay-out) da indústria;
- Diagrama operacional de cada produto com identificação e descrição dos
perigos, dos controles de pontos críticos, com o estabelecimento dos limites
críticos, procedimentos de monitorização, das ações corretivas, dos
procedimentos de verificação e do sistema de registros (modelo de resumo
proposto na FIGURA 11);
- Memorial descritivo de fabricação de cada produto, detalhando as
matérias-primas utilizadas, ingredientes, aditivos, fases do processo,
equipamentos envolvidos, embalagem, condições de armazenamento, distribuição e
condições de exposição no varejo;
- Características do produto quanto ao pH, à atividade de água, à
concentração de sal, à umidade, etc.;
- Documentação referente ao cumprimento dos pré-requisitos (3ª etapa).
A documentação, listada anteriormente, será encaminhada ao membro do
Comitê Permanente de Avaliação do Plano APPCC (Portaria do MAA n.º.......... de
......./....../......) do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal
- SIPA, na Delegacia Federal de Agricultura da unidade da federação onde
está localizado o estabelecimento industrial e no qual será implantado o
referido programa.
As empresas deverão elaborar o plano genérico de APPCC, constando toda
linha de produção de produtos, com cronograma de implantação progressiva de acordo
com prioridade estabelecida.
Qualquer modificação do plano deverá ser comunicada oficialmente ao
comitê para revalidação. Durante a implantação, a equipe de APPCC do SIPA
poderá oferecer esclarecimentos à empresa e propor correções no plano
estabelecido.
7ª ETAPA - Aprovação, Implantação e Validação do Plano APPCC
O plano será implantado após a apresentação da documentação e aprovação
pelo DIPOA. Após a aprovação, a validação do plano ficará condicionada ao
resultado de auditoria específica, liderada por profissionais médicos
veterinários pertencentes ao DIPOA.
A primeira auditoria deverá ser conduzida preferencialmente no prazo de
30 dias após a comunicação da implantação do plano por parte da empresa.
Nos casos de não aprovação, o programa será revisto pelo estabelecimento
e reavaliado pelo DIPOA.
Uma vez aprovados, os planos terão prazos determinados para implantação,
que serão estabelecidos em específico para cada setor (pescados, carne e
leite).
Após a aprovação e implantação do plano, o DIPOA exercerá as
prerrogativas que lhe conferem os textos legais pertinentes para realizar
auditoria no plano de cada estabelecimento. Somente o DIPOA poderá validar e
realizar auditorias nos Planos
APPCC dos estabelecimentos que fazem comércio interestadual e internacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT. Normas de gestão da qualidade e garantia da qualidade - Diretrizes
para seleção e uso. Rio de Janeiro, 1990. 6p.CAMPOS, V. C. Controle da
qualidade total (no estilo japonês). 6a ed., Bloch, Rio de Janeiro, 1995. 229p.
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. USDA/FSIS. Sistema de ARCPC para carnes e
derivados. Anteprojeto. FSIS, Washington, 1995. 276 p._____. Proposal rules.
Federal Register, 60 (23): 6781-6782. Washington, 1995.
FAO. Capacitação de capacitadores na aplicação do Sistema
ARPCC. São Paulo, l996. 100 p. Apostila de curso.
FERREIRA, J.R. e GOMES, J.C. Gerenciamento de laboratórios de análises
químicas. Folha de Viçosa, Viçosa (MG), 1995. 378 p.
HARRIGAN, W. F. ISO 9000 workshop. Porto Alegre, 1995. 30 p. Apostila de
curso.
ICMSF. El sistema de analisis de riesgos y puntos críticos: su aplicación a las industrias de
alimentos. Acribia, Zaragoza, 1991. 332 p.
INTERNATIONAL DAIRY FEDERATION. Recommendations for the hygienic manufacture of milk based products.
Bruxelas, Bulletin no 292, 1994. 32 p. ____. Recommendations for the hygienic manufacture of spray dried milk pouders.
Bruxelas, Bulletin no 267, 1991. s.p.
INTERNATIONAL LIFE SCIENCE INSTITUTE. A simple guide to understanding and applying the HACCP concept.
ILSI Europe, jan. 1993. 17 p.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO. DIPOA. Regulamento da
inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal. Decreto-Lei no
30691, de 29mar52, alterado pelo Decreto Lei no 21255, de 25jun62. Imprensa
Oficial, Curitiba, 1981. 159 p._____. Sistema de análise de riscos e
pontos críticos de controle na indústria da pesca. Manual de Procedimentos
(versão preliminar). IICA/SENAI, Rio de Janeiro, 1995. 29 p.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria no
58, de 17mai93. Diário Oficial da União, 101: 7228-7232. Brasília, DF.
ROFIQUA. Manual de análise de perigos e pontos críticos de controle.
SBCTA, Campinas, s.d, s.p.
SOCIEDAD COLOMBIANA DE CIENCIA Y TECNOLOGIA DE ALIMENTOS. Seccional
Antioquia. Aseguramiento de la calidad com el Sistema
HACCP. Medellin, 1991. 83p.
FIGURA 1 – FORMUÁRIO DE DESCRIÇÃO DO PRODUTO*
DESCRIÇÃO DO PRODUTO
1. NOME
DO PRODUTO |
2.
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DO PRODUTO FINAL (ex.: pH, AW, etc.) |
3.
FORMA DE USO DO PRODUTO /CONSUMIDOR |
4.
CARACTERÍSTICAS DA EMBALAGEM |
5.
PRAZO DE VALIDADE |
6. ONDE
O PRODUTO SERÁ VENDIDO |
7.
INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO |
8.
CONTROLES ESPECIAIS DURANTE A DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO |
DATA:___/___/___ APROVADO POR:______________________
*FONTE:FAO/WHO
FIGURA 2 – FORMULÁRIO PARA INDICAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO PRODUTO
(MATÉRIA-PRIMA, INGREDIENTES, ADITIVOS, ETC)
NOME DO PRODUTO
MATÉRIA
PRIMA** |
INGREDIENTES
SECOS** |
INGREDIENTES
LÍQUIDOS** |
|
|
|
OUTROS
INGREDIENTES** |
AROMATIZANTES** |
CONSERVADORES** |
|
|
|
MATERIAL
DE EMBALAGEM** |
|
|
*FONTE:FAO/WHO
**OBS.: Os constituintes mencionados neste formulário são apenas
exemplos.
FIGURA 3.A – DIAGRAMA OPERACIONAL* (MODELO PARA PRODUÇÃO DE QUEIJO
MINAS FRESCAL)
DIAGRAMA
OPERACIONAL NOME DO
PRODUTO: QUEIJO MINAS (FRESCAL) |
LEITE
CRU EM NATUREZA COALHO FERMENTO LÁCTICO CLORETO DE SÓDIO EMBALAGEM
CLORETO DE CÁLCIO |
1.
Recebimento 2. Recebimento 3. Recebimento 4. Recebimento 5. Recebimento 6.
Seleção 7.
Resfriamento 8.
Estocagem 9. Estocagem 10. Estocagem 11. Estocagem 12. Estocagem 13. Padronização
14. Dosagem 15. Repique 16. Dosagem 17.
Pasteurização 18.
Tanque de Fabricação 19.
Coagulação 20.
Corte 21. Enfonnagem 22. Dessoragem 23.
Salga seca / Viragem 24.
Embalagem 25.
Estocagem 26.
Transporte 27.
Comercialização |
|
|
DATA:______________ APROVADO POR:______________________________
*FONTE: FAO/WHO
FIGURA 3-B – DIAGRAMA OPERACIONAL*
(MODELO PARA FABRICAÇÃO DE SALSICHA)
DIAGRAMA
OPERACIONALNOME DO PRODUTO: SALSICHA |
DATA:___________________ APROVADO POR:________________________
*FONTE: FAO/WHO
FIGURA 3-C – DIAGRAMA OPERACIONAL DO ABATE DE BOVINOS (PRODUÇÃO DE CARNE
BOVINA COM OSSO – MEIA-CARCAÇA)
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TRANSPORTE
DO GADO |
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¯ |
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RECEPÇÃO
E DESCANSO DO GADO |
· |
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¯ |
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BANHO
DE ASPERSÃO |
PCC |
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¯ |
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IÇAMENTO
(praia de vômito) |
· |
|
¯ |
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SANGRIA |
· |
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¯ |
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ESFOLA |
PCC |
|
¯ |
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PRÉ
EVISCERAÇÃO / EVISCERAÇÃO |
PCC |
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¯ |
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FAZES
PREPARATÓRIAS DA INSPEÇÃO |
· |
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¯ |
|
|
DIVISÃO
DA CARCAÇA |
· |
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¯ |
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TOALETE |
|
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¯ |
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LAVAGEM
DA CARCAÇA |
· |
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¯ |
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RESFRIAMENTO |
PCC |
|
¯ |
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|
EXPEDIÇÃO
E TRANSPORTE |
PCC |
LEGENDA: • - indica um ponto de contaminação importante, um ponto a
ser controlado
PCC – indica um ponto de controle crítico
FIGURA 3-D – DIAGRAMA OPERACIONAL DO PRODUTO PEIXE FRESCO INTEIRO
|
PCC* |
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RECEPÇÃO |
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¯ |
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LAVAGEM |
|
|
¯ |
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|
PESAGEM |
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¯ |
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|
ACONDICIONAMENTO |
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|
¯ |
|
|
EXPEDIÇÃO |
|
LEGENDA: PCC* – indica um ponto de controle crítico
FIGURA 4 – IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS*
PERIGOS BIOLÓGICOS
LISTA DE TODOS OS PERIGOS BIOLÓGICOS RELACIONADOS COM A
MATÉRIA-PRIMA, OS IGREDIENTES, O PROCESSAMENTO, FLUXO DO PRODUTO, OS
EQUIPAMENTOS, ETC.
PERIGOS
BIOLÓGICOS IDENTIFICADOS |
CONTROLADOS
POR |
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*FONTE: FAO/WHO
DATA: _________________ APROVADO POR:_________________________
FIGURA 5 – IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS*
PERIGOS FÍSICOS
LISTA DE TODOS OS PERIGOS FÍSICOS RELACIONADOS COM A MATÉRIA-PRIMA, OS
IGREDIENTES, O PROCESSAMENTO, FLUXO DO PRODUTO, OS EQUIPAMENTOS, ETC.
PERIGOS
FÍSICOS IDENTIFICADOS |
CONTROLADOS
POR |
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*FONTE: FAO/WHO
DATA: __________ APROVADO POR:_________________________
FIGURA 6 – IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS*
PERIGOS QUÍMICOS
LISTA DE TODOS OS PERIGOS QUÍMICOS RELACIONADOS COM A MATÉRIA-PRIMA, OS
IGREDIENTES, O PROCESSAMENTO, FLUXO DO PRODUTO, OS EQUIPAMENTOS, ETC.
PERIGOS
QUÍMICOS IDENTIFICADOS |
CONTROLADOS
POR |
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*FONTE: FAO/WHO
DATA: _________________ APROVADO POR:_________________________
FIGURA 7 - DIAGRAMA DE FLUXO DECISÓRIO, PARA INDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS
DE CONTROLE CRÍTICOS (PCCs).
AS PERGUNTAS SÃO RESPONDIDAS EM SEQUÊNCIA E FORMULADAS A CADA
PASSO*
FIGURA 8 – DETERMINAÇÃO DO PCC*
Etapa
do processo ou componente da fórmula |
Perigo
identificado e categoria(Biológico,Químico. ou Físico)Determinar
se écompletamentecontrolado peloprograma de pré-requisitos.
Se sim,indica "Pré/Prog",descrever e passarpara o próximoperigo identificado.Se
não, passarpara a Pergunta 1. |
Pergunta 1 Existem medidaspreventivas para ocontrole dosperigosidentificados?
Senão, não é umPCC. Verificarcomo esse perigopode sercontrolado antesou depois destaetapa e passarpara o próximoperigo identificado.Se
sim, descrevere passar para aPergunta 2. |
Pergunta 2 Estaetapa foiespecialmentedesenvolvida paraeliminar ou
reduzira provávelocorrência de umperigo a um nívelaceitável ? Se não,passar
para aPergunta 3. Sesim, este é um :PCC e deve
ser;-identificado comotal na última;coluna. |
Pergunta 3 Poderia
o perigoidentificado ocorrerem níveis maioresque os aceitáveisou poderiaaumentar,alcançando níveisindesejáveis?
Senão, não é umPCC; passar para opróximo perigoidentificado. Sesim,
passar para aPergunta 4 |
Pergunta 4 Existeuma etapasubseqüente quepoderia eliminar operigo ou reduzirsua ocorrência aníveis aceitáveis?Se
não, este é umPCC e deve seridentificado comotal na últimacoluna.
Se sim,não é um PCC,identificar apróxima etapa epassar ao próximoperigo identificado. |
Número
do PCC |
* FONTE: F AO/WHO
DATA:_______________ APROVADO POR: ___________________________
FIGURA 9.A - PONTOS DE CONTROLE E PONTOS DE CONTROLE CRITÍCOS DE UM
ESTABELECIMENTO DE ABATE DE BOVINOS
FIGURA 9.A - PONTOS DE CONTROLE E PONTOS DE CONTROLE CRITÍCOS DE UM
ESTABELECIMENTO DE ABATE DE BOVINOS
•- Ponto importante de contaminação
PCC – Ponto de Controle Crítico
*- Competência do Serviço de Inspeção Federal
FIGURA 9.B- PLANO DE APPCC PARA PEIXE FRESCO INTEIRO
Exemplo de um perigo para fins lucrativos
QUADRO RESUMO
PCC |
Perigo |
Medidas Preventivas |
Limites Críticos |
Procedimentos Vigilância |
Ações Corretivas |
Registro |
Recepção |
Substituição de espécies |
1. Estabelecer especificações
de compra da empresa 2.Utilizar pessoal capacitado para reconhecimento
de espécies. |
1. Cumprir as especificações de
compra da empresa, não recebendoespécies diferentes das especificações.2.
Não utilizar pessoal semcapacitação |
1. Avaliação visual de cada
lote recebido 2. Observar as condições de qualificação de pessoal na
execução de suasatribuições. |
1. Retirar, reclassificar e
identificar corretamente 2. Substituir ourecapacitar |
1. Formulário de compras da
empresa. F1 2. Formulário de controle das ações corretivas. F2 |
FIGURA 10 - LISTA DOS PERIGOS QUE NÃO SÃO CONTROLADOS NO
ESTABELECIMENTO*
NOME DO PRODUTO
Listar quaisquer perigos biológicos, químicos ou físicos que não são controlados
no estabelecimento
PERIGOS
PREVIAMENTE IDENTIFICADOS E PROCEDENTES DE FONTES EXTERNAS AO ESTABELECIMENTO |
MEDIDAS
PREVENTIVAS PARA CONTROLE DO PERIGO (ex.: instruções de cozimento, educação
do consumidor, etc.) |
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DATA__________________________APROVADO POR:___________________
FONTE:FAO/WHO
FIGURA 11-FORMULÁRIO-RESUMO DO PLANO APPCC
NOME DO PRODUTO
Etapa
do processo |
Número
do PCC |
Descrição
de perigo |
Limites
créditos |
Procedimentos
de monitorização |
Ações
Corretivas |
Procedimentos De verificação |
Registros
dos PCCs |
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DATA________________________________APROVADO POR:___________________
FONTE:FAO/WHO
D.O.U., 16/03/1998